Haddad visita Santuário de Aparecida e quase cruza com presidente do PDT
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, visitou na tarde desta quinta-feira, 20, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no Vale do Paraíba.
A visita durou pouco mais de cinco minutos. O petista viu a imagem da santa e circulou dentro da Basílica. Ele saiu sem dar entrevistas. A equipe que o assessora disse que ele iria se preparar para o debate das emissoras católicas, realizado em Aparecida a partir de 21h30.
Por pouco, Haddad não se encontrou com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que estava sozinho na igreja. O petista estava atrás de uma das pilastras quando o pedetista saía pela ala leste da Igreja. Amanhã, o candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, também vai visitar a Basílica.
"Se eu o tivesse visto, iria cumprimentá-lo", disse Lupi à reportagem.
A presença rápida de Haddad na Basílica animou um grupo de quatro militantes do PT que o esperava. "Recebi a agenda dele pelo WhatsApp e vim para cá. Consegui uma selfie com ele", afirmou o estudante Igor Gomes, de 21 anos, natural de Cachoeira Paulista e filiado ao PT desde 2016.
A mãe de Igor, Nilceia Gomes, conseguiu até um autógrafo de Haddad em um exemplar da revista CartaCapital que o tem como capa.
"Sempre votei no PT, fiz campanha e tudo. Meu filho puxou isso de mim", afirmou.
São José dos Campos
Em visita a São José dos Campos, ao falar sobre apoios para um eventual segundo turno e para um governo, Haddad disse que aceita fazer alianças com legendas que concordem com seu programa de governo "sem pedir nada em troca". Ele citou que, além dos partidos da coligação, já conversa com setores do PSB e do MDB.
"Nós vamos continuar dialogando com as forças políticas que endossem aquelas ideias. O importante é que forças políticas adiram ao nosso plano, concordem com nosso plano porque nós vamos ter que votar esse plano no Congresso Nacional", disse Haddad, reforçando que "quanto mais gente expressando apoio sem pedir nada em troca" é melhor. Ontem, em Guarulhos (SP), o petista vinculou as negociações no segundo turno com a montagem da equipe de governo. "Equipe se começa a montar no segundo turno para ganhar a eleição."
Com "algumas pessoas do MDB", Haddad disse ser possível um acordo programático. "Com o partido como um todo sob a liderança do Temer, é muito difícil", ponderou.
Haddad disse que as últimas pesquisas de intenção de voto o colocam em uma tendência de alta no primeiro turno da disputa. Quando questionado sobre ser o segundo presidenciável mais rejeitado, atrás apenas de Jair Bolsonaro (PSL), o petista lembrou que encostou e em algumas pesquisas até ultrapassou Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. O candidato do PT enfrenta seu maior índice de rejeição no Estado, após ter sido prefeito da capital paulista e perder no primeiro turno do pleito de 2016. "É importante para mostrar que está tendo uma reversão de voto consciente", comentou.
Visitando o Parque Tecnológico de São José dos Campos, Haddad prometeu devolver o status de ministério ao setor de Ciência e Tecnologia, que hoje está integrado ao Ministério das Comunicações.