Tarso Genro diz que prisão de Delcídio foi 'dentro da lei'
Tarso afirmou que a detenção que deve servir como estímulo ao PT para ter maior "controle" dos próprios parlamentares. "Pelas gravações que prisão do senador foi rigorosamente dentro da lei
São Paulo - O ex-governador do Rio Grande do Sul e um dos principais líderes da Mensagem ao Partido - segunda maior corrente do PT -, Tarso Genro, afirmou nesta quarta-feira, 25, que o Supremo Tribunal Federal (STF) agiu corretamente ao autorizar a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).
Tarso afirmou que a detenção ocorreu "dentro da lei" e que deve servir como estímulo ao partido para ter maior "controle" dos próprios parlamentares. "Pelas gravações que estão sendo divulgadas, a prisão do senador foi rigorosamente dentro da lei e da Constituição. Não é antecipação de pena", disse, por meio de conta na rede social Twitter.
"Trata-se de garantia do andamento de inquérito, livre de interferências que poderiam obstar a busca da verdade. Não podemos confundir inquéritos de tintura persecutória contra nós, com inquéritos que, efetivamente, atacam ações delituosas evidentes", disse, nas mensagens seguintes. "PT deve considerar ação da Justiça, como essa, como um estímulo a recrutamentos qualificados e a um controle maior dos seus parlamentares", completou.
Por volta das 9 horas, quando eram divulgadas as primeiras notícias sobre Delcídio, o ex-governador do Rio Grande do Sul já recorria ao Twitter para manifestar a posição. Naquele momento, ele, que é advogado, pedia à direção da legenda que tivesse cautela. "Sugiro à direção do PT que, antes de falar, veja as provas para se definir. Ninguém tomaria decisão como essa sem um mínimo de elementos", declarou, referindo-se à decisão do STF de autorizar a prisão do senador do PT. "É decisão muito grave, que não deve ser tratada com precipitação ou comparada a qualquer medida anterior, que tenha sido feita contra o PT."
Ainda nesse horário, Tarso cobrava do STF a apresentação das provas contra Delcídio e avaliava que a prisão dele "em pleno exercício de suas funções delegadas" representaria "ou a solidez ou o fim do Estado de Direito".