Política

TCES julga vereadores acusados de comprar até cerveja com verba de gabinete

Processo revela que parlamentares teriam utilizado a verba de gabinete para compra de corda de varal, absorvente, pipoca e até cerveja, esgotando verba de gabinete, que era de R$ 5 mil.

Ex-presidente da Câmara de Vila Velha teve contas rejeitadas por relator do TCE-ES Foto: Divulgação

Está marcada para esta terça-feira (17) no Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES) a retomada do julgamento das contas da Câmara Municipal de Vila Velha, referentes ao ano de 2008, quando o presidente era o vereador José de Oliveira Camillo. O conselheiro Rodrigo Chamoun, que é o relator do processo, votou pela condenação do então gestor da Casa Legislativa.

No relatório o conselheiro Rodrigo Chamoun rejeitou as contas de José Camillo e de outros 18 parlamentares, resultando um total de R$ 847 mil.

O processo revela que os parlamentares teriam utilizado a verba de gabinete para a compra de corda de varal, absorvente íntimo, pipoca e até cerveja, esgotando a verba de gabinete, que à época era de R$ 5 mil.

Ainda de acordo com o processo, teriam sido gastos nos últimos meses de mandato na Câmara mais de R$ 2 milhões, valor que superou bastante os R$ 33 mil que a Casa teria em caixa. Pela avaliação do TCE-ES, a ação dos parlamentares teria sido considerada desvio de verba pública.

Na sessão desta terça-feira, deverá ser lido também o voto apensado do conselheiro substituto Marco Antônio da Silva. O ex-presidente da Câmara José Camillo foi procurado para falar sobre o assunto. A assessoria dele informou que estaria em uma reunião, mas até a publicação da matéria, ele não entrou em contato com a reportagem do jornal online Folha Vitória.