
Os serviços públicos ofertados pelo governo do Espírito Santo podem ser afetados com a greve dos servidores que começou nesta terça-feira (7). A informação foi repassada pelo sindicato da categoria, o Sindipúblicos.
A greve foi aprovada em assembleia no último dia 1º de outubro e iniciou-se oficialmente nesta terça. Ela mobiliza cerca de 3.800 profissionais de mais de 10 autarquias e secretarias do Executivo estadual. Mesmo com a greve, não há paralisação total dos serviços e todos os órgãos estão em funcionamento.
O Sindipúblicos destacou os diversos serviços públicos que podem ser afetados no Estado. No Departamento Estadual de Trânsito (Detran) pode haver atraso na emissão e renovação de carteiras de habilitação.
Já no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), há paralisação de fiscalizações e liberações de produtos agropecuários.
Além disso, nas escolas estaduais, os agentes de suporte educacional, responsáveis por documentação e registros escolares, também estão parados, segundo o sindicato.
Seger vai observar o cumprimento de 30% de servidores
Por meio de nota, a Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger) informou que o movimento de greve geral acontece até o momento sem registro de situações que comprometam a prestação dos serviços públicos.
Além disso, a pasta explica que está em contato com setores para acompanhar o andamento do movimento e verificar o cumprimento da garantia mínima de 30% de servidores em atividade, conforme determina a legislação.
A Seger reforça que permanece aberta ao diálogo com as entidades representativas do funcionalismo, sempre com o compromisso de transparência e na busca por soluções equilibradas.
Seger

O que dizem os órgãos sobre a greve?
A reportagem do Folha Vitória demandou os órgãos sobre como se dará a greve dos servidores nos órgãos do Espírito Santo. Por meio de nota, a Secretaria da Cultura (Secult), o Iema e o Incaper disseram que as respostas seriam dadas apenas pela Seger.
Já o Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) afirmou que somente um servidor, que está à disposição do sindicato da categoria, aderiu à greve e não houve impacto negativo para o período. O Ipem garantiu que não houve adesão no instituto.
Na segunda-feira (6), o vice-governador, Ricardo Ferraço, se reuniu com representantes do sindicato e afirmou desconhecer detalhes das reivindicações, comprometendo-se a encaminhar as demandas à Casa Civil e à Seger.
A Secretaria da Educação (Sedu) informou que as informações referentes à greve dos servidores públicos estaduais estão sendo tratadas pela Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger).
A reportagem do Folha Vitória permanece com espaço aberto para a manifestação dos demais órgãos afetados pela paralisação.
Governo explica reajustes dados ao longo dos anos
Nesta quarta-feira (8), a Seger enviou uma resposta atualizada sobre o movimento de greve. No texto, reafirma que está em diáologo com a catedoria e explica reajustes concedidos ao longo dos anos.
Leia a nota na íntegra:
“A Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger) reforça que o Governo do Estado mantém diálogo aberto e constante com as representações dos servidores públicos. Desde 2019, foram concedidos reajustes lineares à categoria, com exceção dos anos de 2020 e 2021, quando a legislação federal impediu reajustes salariais em todo o país.
Além dos reajustes gerais, a atual gestão adotou diversas medidas de valorização dos servidores, como o aumento do auxílio-alimentação, a atualização dos valores das diárias para viagens a serviço e reajustes de 10% para carreiras em extinção na vacância.
Também é importante destacar que os planos de cargos e carreiras em vigor preveem progressões e promoções, que resultam em aumento de remuneração e impactam diretamente na evolução da folha de pagamento.
A análise das demandas segue sendo feita com responsabilidade, sempre respeitando os limites orçamentários e fiscais. Equipes técnicas realizam estudos permanentes para embasar decisões que conciliem a valorização dos servidores com a sustentabilidade da gestão pública.
O Governo do Estado reafirma seu compromisso com a transparência e permanece aberto ao diálogo e à construção de soluções equilibradas, garantindo a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população capixaba”.