Saúde

ES teve quase 21 mil casos de dengue em 2022; veja ranking de cidades

Em 2021, o Estado contabilizou 15.230 casos. Castelo é o município com o maior número de casos até agora: 4.033 foram confirmados nas últimas quatro semanas

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

O Espírito Santo registrou 20.926 casos de dengue de janeiro até dezembro de 2022. Os dados constam no Boletim Epidemiológico da secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número é 35% maior em relação aos 15.230 casos contabilizados no mesmo período anterior (janeiro a dezembro de 2021).

Castelo, município localizado na Região Sul capixaba, lidera o ranking de casos da doença em todo o Estado. Nas últimas quatro semanas já são mais de 4.033 casos confirmados da doença. São Roque do Canaã aparece em segundo lugar, com mais de 2.878 casos e em seguida, Vila Valério, com 653 casos.

Transmitida pelo Aedes aegypti, a dengue é uma doença infecciosa. Na fase aguda pode causar sequelas graves ao paciente. 

Região Sudeste contempla 33,1% das ocorrências de dengue em todo o Brasil

Dados apresentados pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde apontam que apenas a Região Sudeste contempla mais de 33% dos casos da doença contabilizados no país.

Em comparação a 2021, os dados nacionais de 2022 mostram que as ocorrências de dengue, chikungunya e zika cresceram no território brasileiro. Os casos de dengue, por exemplo, aumentaram 162,5% no Brasil comparado ao ano anterior.

Casos têm aumentado no Espírito Santo

Segundo o chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental da Sesa, Roberto Laperriere Júnior, desde o inverno a pasta tem trabalhado junto aos municípios para estabelecer uma linha de frente de combate ao mosquito. Inclusive, capacitações ocorreram ao longo do ano passado, mesmo com a pandemia, com agentes de combate a endemias e profissionais de saúde.

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"Já estamos atendendo novos municípios que pedem capacitação. Não é uma ação feita estritamente no período do verão. Atuamos de forma preventiva. O Estado abastece os municípios com os equipamentos e insumos necessários para combater o problema. A ação, a operacionalização é municipal", explica.

Roberto disse ainda que cada município conta com uma legislação própria, mas que pessoas com imóveis fechados, de veraneio, terrenos abandonados podem responder por questões de perigo, por colocar em risco a saúde pública.

"É preciso chamar a atenção para esse período, para que cada um faça o seu papel. Casos sempre existirão, mas que a gente pelo menos passe com o menor número ou nenhum óbito", pontua. 

Como eliminar os criadouros de mosquito da dengue

Roberto Laperriere Júnior lembra que cerca de 80% dos criadouros estão próximos ou dentro das residências.

Para conseguir conter a curva de casos de dengue, é fundamental que a população faça o dever de casa com muita atenção. O ideal, de acordo com Roberto, é escolher um dia específico da semana para fazer um check-list completo no imóvel.

Essa lista, com o que é preciso ser feito, pode ser acessada clicando no link: mosquito.saude.es.gov.br

Pelo menos uma vez por semana, a limpeza dos quintais e o descarte do lixo em locais apropriados deverá ser realizado. Também é preciso estar sempre atento aos objetos que acumulam água como pratinhos de plantas, vasilhas de animais, pneus velhos e garrafas, por exemplo. Por meio dessa prática, é possível evitar a proliferação do mosquito.

Uma outra ferramenta para ajudar a população a checar semanalmente os locais onde o mosquito costuma colocar os ovos, é disponibilidade pela Fiocruz no link: https://www.ioc.fiocruz.br/dengue/folder.pdf

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