Estado receberá material para ampliar capacidade laboratorial na próxima semana

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O Espírito Santo receberá material para ampliar sua capacidade laboratorial na próxima semana para as investigações do novo coronavírus. A informação foi divulgada durante coletiva do Ministério da Saúde na tarde desta sexta-feira, 28. O mesmo acontecerá no Rio de Janeiro, Sergipe, Amazonas e Minas Gerais. 

A partir da próxima semana, também serão catalogados os casos prováveis, que serão aqueles de pessoas que teriam tido contato com casos suspeitos. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, até o momento, o Brasil tem 182 casos sendo investigados do novo coronavírus, um caso confirmado e 71 foram descartados. 

"Se uma pessoa teve contato próximo e encontra-se com os sintomas, passará a ser registrado como caso provável. Como estamos em fase de contenção, para cada caso teremos que analisar se ele se enquadra ou não", explicou Wanderson de Oliveira. 

Segundo o secretário, a orientação é não registrar o caso se o paciente tenha apenas febre. "A pessoa precisa ter febre, sinais respiratórios, ter voltado de algum país onde haja casos ou ter tido contato com casos suspeitos". 

Neste final de semana não haverá atualização de casos para que as equipes possam se adaptar e os dados voltarão a ser divulgados na próxima segunda-feira, 2. "Isso é excepcional, pois precisamos fazer um trabalho interno para um melhor trabalho".   

Sobre o material para proteção, como por exemplo, máscaras e álcool em gel, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, disse que há 21 itens em licitação para compra, sendo que 16 deles já estão resolvidos e serão entregues na próxima semana, distribuídos para todo o País. 

Os outros cinco serão publicados ainda nesta sexte-feira, segundo o o secretário-executivo do Ministério da Saúde, no Diário Oficial da União. Neste caso, enquadram-se as máscara cirúrgicas e as máscaras N95. "Precisamos de 20 milhões de máscara e nenhum fabricante teria como entregar este número imediatamente. Vamos fracionar entre os fabricantes, eles entrarão na licitação, passarão pela licitação e seus prazos legais. Acreditamos que  e não deve demorar mais que duas semanas para que sejam adquiridas", explicou João Gabbardo. 

Sobre a vacina, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que a população precisa entender que para as crianças e adolescentes não é uma opção se vacinar ou não. "Eles não são grupo de risco, mas é uma obrigação dos pais levá-los para conseguir uma proteção. Quanto aos adultos, é  preciso ter consciência de que as vacinas são necessárias". 

O secretário lembrou que a campanha de vacinação acontecerá entre os dias 23 de março e 23 de maio. Serão atendidas, inicialmente, crianças, gestantes e mulheres que estejam no puerpério. "Haverá 18 milhões de doses para este grupo. Em seguida, serão vacinados os idosos, com 24 milhões de doses. E, depois, o restante da população". 

De acordo com ele, serão 75 milhões de doses de vacinas trivalentes e 2,5 milhões de vacinas de doses contra H1N1, caso haja surto. Lembrando que a vacina contra o H1N1 não previne o novo coronavírus, mas sim a influenza. "O médico sabendo que o paciente tomou a vacina contra o H1N1 terá mais informações para ajudar no diagnóstico.  

Aplicativo 

Na próxima semana, o Ministério da Saúde lançará um aplicativo, que estará disponível em lojas do Google e da Apple, com dicas sobre sinais e sintomas, uma área com dicas e prevenção, além da possibilidade de encontrar a unidade de saúde mais próxima. "Ainda não está finalizado, mas o app já existia. Era o Diário da Saúde, que está sendo adaptado à nova realidade", informou  o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira. 

E, até segunda-feira, 2, todas as pessoas que chegarem perto de um aeroporto receberão uma mensagem de texto em seu aparelho de celular explicando que, caso esteja vindo de um país onde há casos confirmados de coronavírus e apresentou os sintomas nos últimos 14 dias, é preciso procurar uma unidade de saúde. "Inicialmente, isso acontecerá em aeroportos que têm fluxo de voos internacionais, mas, em seguida, isso acontecerá em todos os aeroportos", completou ele. 

A população também pode buscar ajuda e informações no site  www.saude.gov.br/coronaviruis e no telefone 136 , onde encontrará a lista de unidades de saúde de referência de cada estado.   

Prevenção

Durante a coletiva do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira destacou, ainda, que a principal prevenção é lavar as mãos com água e sabão, evitar compartilhar objetos pessoais. "Ter uma alimentação saudável, praticar atividades física e dormir bem também ajudam, poi assim a pessoa mantém a sua imunidade". 

Sobre a escolha do álcool, Wanderson de Oliveira, lembrou que o ideal é utilizar o que tem concentração de 70 %, que destrói o vírus de uma forma precisa. "Este é o adequado, pois combate o vírus e não resseca as mãos. Mas, o melhor lavar as mãos com água e sabão". 

Campanha 

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira, dia 28, os primeiros vídeos da campanha de prevenção ao novo coronavírus. As imagens serão divulgadas em todos os meios de comunicação e nas redes sociais. As peças divulgadas nas redes sociais dão dicas sobre formas de contágio, (como a transmissão por saliva, tosse, espirro e aperto de mãos) e orientações sobre ambientes (como evitar aglomerações e manter espaços ventilados). A propaganda também orienta sobre quando procurar uma unidade de saúde.Os vídeos foram divulgados no canal do ministério no Youtube. O governo também divulgou na internet um terceiro vídeo, apenas para redes sociais, com etiquetas de higiene ao tossir e espirrar.