Saúde

Subvariante da Ômicron pode ser mais grave e aumentar mortes no ES

Secretário de Estado de Saúde, Nésio Fernandes, afirma que a maior transmissibilidade e capacidade de afetar vias aéreas inferiores, como o pulmão, são fatores de alerta para a subvariante

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/NIAID

A possibilidade de expansão da subvariante da Ômicron, a BA.2, que já foi detectada em alguns países, incluindo o Brasil, tem preocupado as autoridades de saúde pública. 

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, admite que uma nova expansão da covid-19, com a predominância da nova linhagem da Ômicron, pode representar um impacto importante no número de internações e mortes pela doença.

Durante coletiva de imprensa, na tarde desta segunda-feira (21), o secretário destacou que a maior transmissibilidade da subvariante e sua capacidade de afetar as vias aéreas inferiores, como o pulmão, são fatores de alerta.

"O surgimento de uma subvariante da Ômicron vem chamando a atenção e a preocupação das autoridades sanitárias, porque ela pode apresentar novas características no que diz respeito à transmissibilidade e também à infecção das vias aéreas inferiores, o que pode representar, caso ocorra uma nova expansão da doença, com a predominância da subvariante, um impacto importante no número de internações e de óbitos pela covid-19", afirmou.

Nésio Fernandes lembrou ainda que variante Ômicron foi a responsável pela maior curva de casos de covid-19 da história da pandemia no Espírito Santo, assim como em todo o Brasil e em outros países do mundo.

"A variante Ômicron representa ser a variante mais transmissível de todas aquelas conhecidas até o presente momento, e a sua alta transmissibilidade é acompanhada de um número total de óbitos e internações muito significativo, não obstante ela ser uma variante que atinge, predominantemente, vias respiratórias altas", frisou o secretário.
Foto: Sesa/Divulgação
Nésio Fernandes demonstrou preocupação com uma possível expansão da subvariante da Ômicron

A preocupação em torno da possibilidade de uma nova expansão da doença, causada pela subvariante BA.2, já foi demonstrada, inclusive, pela líder técnica da resposta à pandemia de covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove. 

Na semana passada, ela disse haver um temor de que, após o fim da onda de infecções pela subvariante BA.1 da Ômicron do coronavírus, haja uma nova onda com a BA.2. Kerkhove, no entanto, reiterou não estar afirmando que esse movimento irá acontecer, mas sim que a possibilidade está sendo monitorada. 

"Estamos vendo aumentos proporcionais da BA.2, que é mais transmissível que a BA.1", disse Kerkhove, que afirmou não haver evidências de que esta subvariante seja mais grave.

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Vacina ajudou a controlar número de internações e mortes

Na coletiva de imprensa desta segunda-feira, o secretário de Saúde do Espírito Santo destacou também a atuação da vacina na contenção dos números de internações e óbitos por covid-19 no Espírito Santo, especialmente em relação às pessoas com 60 anos ou mais.

"Queremos reconhecer que o comportamento dessa variante no Espírito Santo foi mitigado pela cobertura vacinal alcançada no estado, com duas e três doses na população adulta, mas especialmente na população idosa. Se não tivéssemos uma ampla cobertura das vacinas na população idosa, sem dúvida nenhuma poderíamos ter tido indicadores de óbitos superiores aos momentos mais críticos da pandemia, com as variantes selvagens e as originárias", ressaltou Nésio Fernandes.

"Nós precisamos apostar na vacinação como principal medida de prevenção primária, capaz de reduzir o risco de infecção, mas principalmente o risco de internação e de óbitos pelo Sars-CoV 2", completou o secretário.

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