Saúde

Espírito Santo é o primeiro no ranking de mortes por consumo de álcool no Brasil

Brasil avançou, mas há desafios para redução do uso nocivo de álcool

Foto: Reprodução/Pexels

O último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que os brasileiros reduziram em 11% o consumo de álcool puro per capita, entre 2010 e 2016 – de 8,8 para 7,8 litros. No mesmo período também houve uma diminuição na taxa de transtornos por uso de álcool (de 5,6% para 4,2%). 

O Espírito Santo é o estado com maior taxa de óbitos relacionados ao uso de álcool por 100 mil habitantes, com 44,2 mortes/100 mil, seguido por Pernambuco (42,4 mortes/100 mil), Paraíba (41,6 mortes/100 mil) e Rio Grande do Sul (41,5 mortes/100 mil). E, nos casos de internações, é o quarto no país em número de internações/100 mil habitantes: Santa Catarina (207,6 internações/100 mil), Rio Grande do Sul (194,1 internações/100 mil), Paraná (178,9 internações/100 mil) e Espírito Santo (160,3 internações/100mil).

Indicadores importantes que apontam que o Brasil está na direção certa, mas há desafios. Para compreender melhor o assunto, tão complexo e que demanda um olhar minucioso para questões locais, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), uma das principais referências sobre o tema no Brasil, detalhou as informações.

Os dados nacionais mais recentes e disponíveis sobre o tema no país foram reunidos e analisados, permitindo acompanhar a evolução histórica (2010-2017), destacar avanços e desafios do Brasil na redução do uso nocivo de álcool e traçar um comparativo com o cenário mundial.

 Outro ponto importante é a segmentação das informações por sexo, faixa etária, estado e região, que possibilita identificar populações e localidades vulneráveis, fundamental para a criação de campanhas educativas e de prevenção desenhadas especificamente para esses públicos. “Informações locais confiáveis são essenciais para a elaboração de políticas públicas efetivas. Esperamos, com esse trabalho, contribuir com a construção do conhecimento e incentivar a ampliação de pesquisas científicas e de medidas educativas alinhadas com a meta da OMS de redução de uso nocivo de álcool”, ressaltou o psiquiatra Dr. Arthur Guerra, presidente executivo do CISA e responsável pelo projeto.

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