Saúde

Risco de febre amarela exige cuidados nos condomínios

Vacinação, reforço na higienização e vigilância com o acúmulo de sujeira e água parada são algumas medidas para reduzir preocupação de moradores

Foto: Reprodução

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou que o Brasil poderia viver uma terceira onda de surto de febre amarela. Um ano depois, o Ministério da Saúde dá um alerta para quem ainda não é vacinado contra a doença. Segundo a pasta, as regiões Sul e Sudeste estão no centro da atenção, pois apenas em Santa Catarina mais de 300 macacos morreram em decorrência da doença em 50 dias.

Já a Secretaria de Saúde de São Paulo, convocou todos os paulistas não imunizados a se vacinarem o quanto antes. De acordo com a Secretaria, o vírus que circula no estado é silvestre e transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes (que vivem no campo e na floresta). A transmissão se dá quando um macaco infectado é picado pelo mosquito, que depois pica um humano não vacinado. Atualmente, o Brasil registra apenas casos de febre amarela silvestre e os últimos casos de febre amarela urbana foram em 1942.

A questão pode se agravar nos condomínios, pois alguns estão próximos a reservas naturais, e também por terem uma área verde interna, com a livre circulação de animais silvestres, o que pode favorecer a proliferação dos insetos. Por isso é necessário o combate dos criadouros do mosquito em todos os locais possíveis, e principalmente em residências de rua e condomínios residenciais, pois, no caso da dengue, já se comprovou que 80% dos infectados contraem a enfermidade em área residencial.

Moradores, além de fazer sua parte, devem estar atentos para verificar se os vizinhos ou mesmo os funcionários do conjunto residencial estão colaborando. Com as chuvas de verão, é normal o acúmulo de água em calhas, lajes, pneus, vasos de plantas e objetos desprotegidos em sacadas, áreas de circulação, jardins ou quintais — e caso não haja uma limpeza, eles se tornam criadouros de mosquitos. Todos já sabem que para evitar doenças como a dengue é necessário higiene e limpeza.

Por isso o ideal para a higienização de locais extensos e com muita circulação é a contratação de serviços profissionais, pois os encarregados da limpeza têm conhecimento sobre a melhor forma de limpeza e qual a frequência ideal para o serviço. Para isso, há empresas especializadas, que trabalham com terceirização e possuem funcionários treinados especificamente para este tipo de trabalho, como os auxiliares de limpeza e de serviços gerais.

Em todo caso, cuidar da limpeza é crucial como um todo. Ter um ambiente sempre limpo e bem-cuidado mantém uma boa aparência, como também afasta insetos e ratos. Entre as recomendações, estão: recolher o lixo no mínimo uma vez por dia, lavar cestos e latas de lixo sempre que possível e eliminar locais propícios ao acúmulo de água parada. O síndico e os responsáveis pela manutenção do condomínio devem ficar atentos às áreas mais necessitadas de limpeza, porém também é dever de todos os condôminos contribuir com a organização e a higiene do local. Com colaboração, é possível evitar doenças como a febre amarela e outras transmitidas por mosquitos como o Aedes aegypti.


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