CORONAVÍRUS

Saúde

Coronavírus: como ficam as consultas médicas?

Isolamento social gerou a necessidade de prestar assistências e consultas remotas

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Os meios usados para esse atendimento são chamadas de vídeo por Whatsapp e Skype, além da ferramenta Zoom.

A pandemia do Novo Coronavírus está refletindo em uma série de instâncias da sociedade, inclusive na medicina. Em meio a expansão da covid-19, consultas à distância e procedimentos da chamada telemedicina ganham força. A importância de manter o isolamento social gerou a necessidade de prestar assistências e consultas remotas para aqueles que precisam de algum atendimento clínico.

Neste momento, atendimentos médicos remotos são importantes, principalmente para idosos (grupo de risco). A modalidade poderá ser usada para atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na rede privada.

No setor público de saúde, a cidade de Vitória já tem o serviço à disposição. Basta ligar para o Fala Vitória 156. O prefeito do município, Luciano Rezende, disse que esse é um dos passos mais importantes que estão sendo dados. Ele enfatizou que o projeto exigiu um trabalho árduo nos últimos dias até que estivesse pronto para operar. 

Na rede privada, a clínica de aparelhos auditivos ParaOuvir instruiu os especialistas a disponibilizarem o serviço, uma vez que muitos de seus pacientes são da terceira idade. As especialistas em audiologia da clínica estão fazendo desde uma chamada telefônica para dar alguma orientação até chamadas de vídeo.

Como funciona? 

Os meios usados para esse atendimento são chamadas de vídeo por WhatsApp e Skype, além da ferramenta Zoom. Por exemplo, um paciente liga para a clínica e relata que o aparelho auditivo está mudo ou sem funcionar, aí é feito um checklist com várias opções que podem ser, como a pilha que acabou e o idoso não percebeu, ou o dispositivo não está bem encaixado no ouvido, ou ter cera obstruindo a saída do som. “Então, depois que identificamos o problema, trabalhamos para resolver”, explica a fonoaudióloga Érica Bacchetti.

Em casos de videochamadas, as profissionais demonstram o procedimento correspondente a necessidade do paciente, como, por exemplo, a forma correta de encaixar o aparelho ou como desentupir a ponta dele em casos de obstrução por cera. Já em ocorrências em que a pessoa não consegue fazer a vídeo chamada, a fonoaudióloga grava um vídeo com o que é preciso fazer e envia para ela.

Tele-entrega

A empresa oferece também serviço de tele-entrega de todos os dispositivos que os pacientes com perda auditiva precisam para continuar usando seus aparelhos, como pilhas ou alguma parte da prótese que foi danificada. “Tudo a fim de respeitar as recomendações de prevenção contra o Covid-19, determinadas por órgãos competentes”, finaliza Érica.

Prescrição e atestado

Tanto no setor público de saúde quanto na rede privada, não é recomendado a prescrição de medicação por telefone. Estes profissionais só podem emitir atestados e receitas, desde que sejam assinados eletronicamente, contendo informações sobre o médico do atendimento.

Segurança

De acordo com o Ministério da Saúde toda a consulta deverá ser, obrigatoriamente, registrada em prontuário clínico com indicação de data, hora, tecnologia da informação e comunicação utilizada e o número do Conselho Regional Profissional do médico e sua unidade da federação. Os profissionais também deverão seguir os requisitos estabelecidos pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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