Saúde

Uso da telemedicina não envolve cirurgias plásticas

A prática não é permitida e representa um risco para pacientes e cirurgiões plásticos

Foto: Divulgação

Devido às medidas de isolamento social de combate a covid-19, o Senado Federal aprovou o uso da telemedicina. De acordo com o Conselho Federal de Medicina, no entanto, essa modalidade de atendimento deve ser utilizada excepcionalmente para avaliação de casos suspeitos de coronavírus. 

Atento à essa regulamentação, o cirurgião plástico Fábio Zamprogno mantém a sua posição de realizar suas primeiras consultas somente de forma presencial e alerta quanto aos riscos das consultas à distância para quem deseja fazer uma cirurgia plástica.

Com a popularização da internet, muitas pessoas pedem para se consultar pelas mídias sociais e até enviam fotos e vídeos para avaliação. Zamprogno, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), no entanto, reforça a importância da consulta presencial para a segurança do paciente e do médico e a obtenção de resultados mais satisfatórios.

“Em consultas à distância não é possível realizar um exame clínico para sentir a gordura e conhecer as características da pele, por exemplo. Sem isso, não é possível avaliar quais procedimentos, como lipoaspiração ou abdominoplastia, são necessários, quais formatos de próteses são mais adequados, entre outras questões”, explica.

A orientação do cirurgião plástico para este momento de isolamento é ter paciência e aguardar o cenário capixaba voltar à normalidade. Realizando consultas mais urgentes somente nas tardes de segunda e quinta e com horários espaçados para evitar a aglomeração de pacientes, Zamprogno sugere que os interessados em procedimentos estéticos usem esse período para pesquisar sobre as cirurgias e os profissionais, preparando-se para o procedimento que desejam realizar. 

“Mantemos nossa posição de realizar teleorientação ocasional para quem já é paciente, quando necessário, para tirar eventuais dúvidas, e manter a exigência da primeira consulta ser presencial. É para a segurança de todos”, ressalta.

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