Saúde

Nova técnica para corrigir estrabismo chega ao Espírito Santo. Veja como funciona!

Minimamente invasiva, pontos escondidos sob a pálpebra, maior conforto ao paciente e rápida recuperação são alguns dos muitos benefícios promovidos pela nova técnica cirúrgica.

Foto: Divulgação
Problema atinge até 4% da população. 

O estrabismo é uma alteração da habilidade neuromuscular em realizar o correto movimento dos olhos. Os olhos, para o adequado funcionamento, precisam apontar para o mesmo objeto de interesse simultaneamente. Qualquer perda deste alinhamento é denominada “estrabismo”. Essa alteração acomete cerca de 2% a 4% da população e envolve diversas causas (erros refracionais, traumas, paralisias, dentre outras).

A cirurgia para correção do estrabismo é feita baseada no enfraquecimento ou fortalecimento dos músculos, com o objetivo de alinhar o eixo visual. Pode ser realizada pela técnica tradicional (via limbar) ou minimamente invasiva (via fórnice).

Essa última técnica já é conhecida nos Estados Unidos desde a década de 80, na qual a cirurgia é realizada através de uma incisão feita na conjuntiva por debaixo da pálpebra (via Fórnice) e agora chegou ao estado.

“A cirurgia é minimamente invasiva, onde as incisões são menores e os pontos ficam escondidos embaixo da pálpebra, trazendo maior conforto ao paciente, e o mais importante de tudo, é a rápida recuperação e menos dor e inflamação no pós-operatório", disse a oftalmopediatra Hanna Teodoro do Hospital dos Olhos de Vitória.  Segundo a especialista, crianças e adultos podem realizar o procedimento. 

“A cirurgia é de rápida realização e o sangramento é mínimo, por serem pequenas as incisões necessárias para a realização do procedimento”, disse.

Tanto a técnica tradicional, como essa nova, que é realizada em poucos centros oftalmológicos do país, corrigem o desvio ocular, porém os benefícios da nova técnica são levados em consideração pelo menor tempo cirúrgico e conforto que proporciona ao paciente nos dias seguintes à cirurgia.

“Menos dor, menos inflamação, cicatrização mais rápida, o tempo de cirurgia é mais curto, e dispensa o uso de tampão no pós-operatório na maioria dos casos”, ressaltou a médica.

O paciente recebe alta no mesmo dia e pode utilizar os olhos normalmente, como por exemplo, assistir televisão, utilizar smathphones, tablets e ler livros. A única limitação está relacionada a nadar e abrir os olhos embaixo da água. Isso deve ser evitado por três semanas. Exercícios mais pesados, como academia, devem ser evitados no primeiro mês.

“No pós-operatório indicamos um colírio antibiótico que deve ser utilizado por 10 após a cirurgia. Não é necessária a ingestão de antibiótico via oral. Caso haja algum desconforto também recomendamos o uso de analgésico ou anti-inflamatório”, disse Hanna.

O paciente recebe alta no mesmo dia e pode voltar ao trabalho/escola cerca de uma semana após o procedimento.

Não existe uma idade determinada para operar o estrabismo. A cirurgia pode ser feita em crianças, jovens e adultos, o tipo de estrabismo é que deve ser avaliado, e então determinado o tipo de tratamento para cada caso.

Estudos recentes comprovam que o estrabismo em crianças pode prejudicar o desenvolvimento visual e em adultos prejudica a interação social, a autoconfiança e a inserção do indivíduo no mercado de trabalho. Por isso, a recuperação da aparência normal dos olhos por meio do realinhamento proporciona uma melhor qualidade de vida nos âmbitos emocional, social e econômico, e na infância, permite que o desenvolvimento da visão ocorra de forma adequada.

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