Saúde

Pornografia faz homens jovens terem impotência, diz estudo

Estudo revela que número de afetados por disfunção erétil até os 40 anos cresceu para 35% desde 2008 e causa está ligada com consumo de vídeos

Foto: Pixabay

O consumo de pornografia está afetando a vida sexual de homens cada vez mais jovens, que começam a lidar com a impotência sexual cedo. 

De acordo com estudos, o número de homens que apresentam o problema cresceu de 2 e 3% para 35% desde 2008. Os principais motivos para a disfunção estão ligados a falta de saúde, sobrepeso, uso excessivo de álcool, drogas ou cigarro, além de problemas com a saúde mental, como depressão, ansiedade e estresse. Mas agora, os vídeos pornográficos podem entrar na lista de causas.

Médicos recomendam o uso de Viagra para os pacientes, mas o remédio pode não fazer efeito já que muitos deles não conseguem se relacionar com outras pessoas e estão acostumados com os relacionamentos exibidos nos vídeos. “Os estímulos vêm de fora, o que pode fazer com que seja muito difícil estar sob controle do seu corpo” diz a terapeuta psicossexual e de relacionamento Clare Faulkner ao jornal britânico The Guardian.

Pela internet, alguns homens discutem abertamente como a pornografia afetou a vida sexual e como eles progrediram para vídeos mais extremos e violentos. O americano Alexander Rhodes conta que começou a se masturbar quando tinha entre 11 e 12 anos, e que isso impactou seus relacionamentos nos anos seguintes.

Segundo um estudo de 2017 da Universidade Middlesex, cerca de 48% dos jovens entre 11 a 16 anos já haviam visto pornografia na internet, e desses, 94% encontraram o conteúdo quando tinham 14 anos. Cerca de 60% dos meninos assistiu os vídeos na própria casa.

Em uma escola britânica, um adolescente perguntou quantas vezes assistir pornografia a se masturbar por dia podia ser considerado excessivo, conta Mary Sharpe, fundadora da Fundação Reward. “Eles estão usando isso o tempo todo e ninguém está dizendo a eles que é um problema”, conta.

As crianças também podem ter contato com pornografia nas redes sociais, em que os atores acabam compartilhando e divulgando o próprio trabalho. Segundo Rhodes, é perigoso crianças acessarem esse conteúdo, já que estão na idade em que estão aprendendo ainda. “Eles estão em uma idade em que são mais vulneráveis a problemas mentais e vícios”, disse ao jornal.

É difícil garantir que a pornografia está afetando diretamente os homens, mas pode explicar porque cada vez menos millennials estão tendo relações sexuais se comparados a gerações anteriores.

Com informações do Portal R7!

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