Saúde

Diabetes: conheça os novos medicamentos para tratar a doença

Workshop da ADJ Diabetes Brasil ocorre na quinta-feira (13), em São Paulo, irá apresentar os mais recentes avanços para a doença.

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Novos medicamentos garantem maior controle da doença e melhor comodidade terapêutica.

O diabetes é uma doença considerada, atualmente, epidêmica. Isso, porque cresce cada vez mais o número de diabéticos no Brasil e no mundo... o motivo? Maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse. Para se ter uma ideia, 12% das despesas com saúde no mundo é gasto com diabetes, o que representa USD 673 milhões. 

Mas, o que é diabetes? Uma doença crônica, na qual o organismo não produz a insulina ou, quando produz, ela é incapaz de exercer adequadamente suas funções. Para conviver com o problema é preciso então tomar doses diárias da própria insulina, que é onde está o dilema dos pacientes: conviver com picadas diárias para o uso da insulina. 

Alguns diabéticos utilizam insulina uma vez ao dia, outros precisam de duas, três ou até mesmo quatro doses ao dia, ou seja, quatro injeções diárias. A boa notícia é que pesquisas sobre a doença têm encontrado boas soluções para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

No último mês, novos medicamentos foram aprovados, sendo um já disponível no Brasil, garantindo maior controle da doença e melhor comodidade terapêutica, com menos comprimidos e injeções diárias. Um exemplo é a semaglutida, medicação injetável de uso semanal; a insulina inalável; e o chamado "remédio 3 em 1", este último aprovado apenas, por enquanto, nos Estados Unidos, que consiste em uma combinação de Metformina XR, Dapaglifozina e Saxagliptina em um único comprimido.

A endocrinologista Flavia Tessarolo está otimista com as novidades. “O diabetes tipo 2 é uma doença crônica, causada por varias falhas bioquímicas. Por isso, muitos pacientes necessitam de duas ou mais drogas diferentes, para controlar a doença. Na prática, isso significa muitos comprimidos ao dia, o que leva ao uso irregular e descontinuidade da medicação em muitos casos. Os novos remédios aliam eficácia e comodidade, facilitando na hora de toma-los. Isso é uma arma importante para o controle da doença", comentou.

Contraindicações 

Para garantir o sucesso do tratamento, as contraindicações devem ser observadas em todos eles. A semaglutida é contraindicada em diabéticos tipo 1 e menores de 18 anos, por exemplo. Já a insulina inalável é proibida para menores de 18 anos, fumantes e portadores de doenças pulmonares crônicas. Por fim, a combinação do "remédio 3 em 1" também não deve ser usada em crianças e adolescentes.

"Cabe ao endocrinologista a escolha da melhor opção de acordo com o perfil do paciente. Lembrando que se o diabetes for detectado precocemente, a pessoa pode evitar complicações futuras. Por isso, faça visitas periódicas ao médico e fique atento aos fatores de risco, como sobrepeso, obesidade, má alimentação e sedentarismo”, alertou a especialista.

Pesquisa 

Os estudos mais recentes do Congresso da American Diabetes Association serão apresentados no Workshop da ADJ Diabetes Brasil, que acontecerá no dia 13 de junho, em São Paulo, onde serão discutidos os mais recentes avanços de pesquisa, tratamento e atenção ao diabetes, além do debate em torno dos custos do diabetes e suas complicações para o Governo. 

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