Saúde

Saiba como driblar a compulsão alimentar durante o inverno

Com as baixas temperaturas, muitas pessoas acabam exagerando no consumo de alimentos altamente calóricos, como pães, massas e doces

Foto: Divulgação
Alimentos ricos em açúcar são os vilões da estação. 

O inverno chegou e com o friozinho, é comum que o apetite aumente, assim como a vontade de comer doces e carboidratos. Isso acontece porque quando as pessoas se alimentam, além se sentirem mais aquecidas, os músculos também tendem a relaxar e, dessa forma, desempenhar funções básicas que exigem mais energia.

A especialista em obesidade Gladia Bernardi, autora do best-seller “Código Secreto do Emagrecimento”, explica que, mesmo que haja a necessidade de comer mais para encarar as atividades do dia a dia no inverno, é preciso ficar atento às calorias extras que são ingeridas. “O frio não pode ser visto como um gatilho que nos faz comer de forma exagerada e impede de emagrecer, ou até mesmo faz engordar. Mesmo que seja mais difícil comer uma salada, por exemplo, existem outras opções de alimentos que irão proporcionar energia e aquecer o corpo sem ganhar quilos indesejados”.

Segundo Bernardi, ainda que o ideal seja seguir uma alimentação equilibrada (não apenas no inverno, mas em qualquer estação do ano), é necessário, em primeiro lugar, livrar-se dos padrões mentais e traumas que são os gatilhos para a compulsão alimentar e o ganho de peso. “Podemos sim, comer alimentos calóricos de vez em quando, o que não podemos é comer em excesso, e a todo o momento, ou seja, de forma compulsiva”.

Confira dicas da especialista para este inverno

Aprenda a se aquecer de forma saudável: com a expectativa de um dos invernos mais frios dos últimos tempos, é preciso buscar formas mais saudáveis de enfrentar as baixas temperaturas, que não seja se “jogar” no chocolate quente. “Chás, por exemplo, pode ser ingeridos durante o dia e, dependendo do sabor, trazem vários benefícios para o organismo, além de praticamente não terem calorias. Além disso, para não ser adoçado com açúcar - que causa vício - ele pode ser adoçado com uma pequena quantidade de mel, ou com adoçante”.

Evite os exageros em restaurantes: no frio, é comum que os jantares com pratos calóricos, muitas vezes regados a cerveja ou vinho, tornem-se mais frequentes. Mas é preciso tomar cuidado para que esses eventos sociais não se tornem uma rotina.

“Ninguém precisa deixar de socializar, mas é preciso aprender a encontrar e interagir com os amigos ou colegas de trabalho sem que o foco seja 100% a bebida ou comida. O foco deve ser o encontro, o bate-papo, e não o que será consumido. Não é preciso, também, toda vez que for ao restaurante pedir entrada, prato principal, sobremesa, e cerveja ou vinho. Consumir todas essas opções de uma vez resultará em um alto consumo calórico. O ideal é equilibrar o consumo. Por exemplo, se vou consumir bebidas alcoólicas, dispenso a sobremesa, e vice-versa”.

Drible a compulsão por guloseimas e pratos típicos: nessa época do ano, acontecem também as tradicionais quermesses, que são sinônimo de muitos quitutes e guloseimas calóricos, como paçoca, milho, hot dog, maçã do amor, bolos, doces típicos, entre outros. Esses eventos podem causar um verdadeiro “estrago” na alimentação.

“Mais uma vez, é preciso buscar o equilíbrio. Em vez de consumir várias opções de salgados e doces, posso escolher 1 salgado e 1 doce, por exemplo. Os eventos sociais não devem ser desculpa para 'abrir as portas' para a compulsão”, alerta.

Mantenha a rotina alimentar em viagens: nas férias de julho, devido ao tempo frio, muitas pessoas optam por viajar para locais na montanha e no campo, onde também não faltam as delícias calóricas que são “a cara do inverno”, como o fondue salgado ou doce. 

“É preciso aprender a curtir as férias e os momentos de lazer sem se ‘atirar’ nas comidas que estão à disposição. Se em um dia exagerei no fondue e no chocolate, por exemplo, no outro tento me alimentar de forma mais regrada. Fazer caminhadas e trilhas, muito comuns nesses destinos, também é uma opção para aumentar o gasto calórico e driblar a ansiedade, por meio do contato com a natureza. A ansiedade geralmente é o principal gatilho para o comer de forma exagerada”, conclui. 

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