Saúde

Doenças do século: sedentarismo, estresse e depressão; problemas pioram na pandemia

OMS destaca que pessoas que tem um gasto calórico inferior a 2200 kcal por semana são consideradas sedentárias ou com hábitos sedentários

Foto: Reprodução/Pexels

Na atual pandemia causada pelo novo coronavírus, onde uma das medidas mais recomendadas pelos órgãos de saúde é a quarentena e o isolamento em casos específicos, outro vilão também está em crescimento exponencial, o sedentarismo. 

A inatividade física está muito relacionada ao aparecimento de numerosas doenças. Portanto, o exercício físico torna-se uma das ferramentas terapêuticas mais importantes nesta situação. 

O cardiologista José Vitelio, explica que o sedentarismo é conhecido como a doença do século junto com o estresse e a depressão, e é definido como a falta ou diminuição de atividade física. Ele está associado ao comportamento cotidiano decorrente dos confortos da vida moderna. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) pessoas que tem um gasto calórico inferior a 2200 kcal por semana são consideradas sedentárias ou com hábitos sedentários. No Brasil quase 46% da população não realiza atividade física regularmente.

“Hoje vivemos um momento atípico na história da humanidade. A pandemia pelo covid-19 levou a maior parte da população brasileira e mundial a ficar em casa, isolada e inativa. Aumentando expressivamente os níveis de sedentarismo. As consequências a curto, médio e longo prazo com certeza aparecerão”, alerta o médico.

Estudos epidemiológicos já demonstram que a inatividade física aumenta o aparecimento de câncer de mama, diabetes e osteoporose, além de obesidade, apneia do sono, maior incidência de queda e debilidade física em idosos, dislipidemia, depressão, demência, ansiedade e alterações do humor. “Mas os prejuízos à saúde não param por aí, o sedentarismo também pode causar importantes danos ao coração, a hipertensão arterial e a doença coronária são clássicos exemplos disso. As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em mulheres e homens no Brasil, sendo responsáveis por cerca de 20% de todas as mortes em indivíduos acima de 30 anos”, afirma José Vitelio.

O especialista listou algumas dicas para atenuar o impacto do sedentarismo durante o isolamento social e que podem ajudar a manter a saúde física e mental.

- Corrida estacionária, em pé, sem sair do lugar, elevando o joelho junto com o braço oposto.

- Agachamento com braços estendidos à frente.

- Abdominais também podem ser realizadas sem necessidade de sair de casa.

- Corda imaginária, simule estar segurando uma corda imaginária e pule alternando o peso entre as pernas.

- Dedique tempo a técnicas de relaxamento, a prática de Yoga, pode ser útil.

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