Saúde

Alta nos alimentos muda dieta do brasileiro: veja como substituir alimentos de forma saudável

De acordo com especialistas, o aumento de preços tem alterado as refeições das famílias e elevado o consumo de proteínas e alimentos mais baratos como salsicha, pão com presunto e mingau

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução

Não somente a pandemia vem avançando e preocupando os brasileiros nos últimos meses. Os altos índices de desemprego, a inflação e a alta no preço dos alimentos fez com que muitas famílias precisassem repensar as dietas e apostar em alimentos mais baratos, como salsicha e mingau.

Mas especialistas alertam para a importância de substituir alimentos sem pensar somente no bolso, mas priorizando a saúde. A nutricionista Fernanda Pignaton afirmou que as substituições de proteínas são muito preocupantes. 

"Trocar carne por embutidos, como linguiça, hambúrgueres e apresuntados, regularmente, é muito perigoso. Isso porque esses são alimentos que, além de tudo, contém altos índices de sal na sua composição", alertou. 

De acordo com a especialista, susbtituições como essas podem desenvolver quadros de pressão alta, por exemplo, que é uma doença que tem crescido no Brasil e no mundo – juntamente com a obesidade. 

Ainda segundo Fernanda, "depois de instalada reverter o quadro se torna um desafio complexo. Alimentos como os embutidos não tem o mesmo valor nutricional da carne e não são boas opções de substituição", concluiu.

Substituir sem pesar no bolso

Diante da necessidade de adaptar os alimentos para a realidade financeira vivida por muitos, Fernanda sugere que, ao invés de apostar em embutidos (como a salsicha e o hambúrguer), outras fontes de proteínas podem ser uma solução. 

"A minha sugestão é apostar no ovo, no frango e na sardinha, como proteínas mais em conta no mercado. As leguminosas, como grão de bico, ervilha e lentilha, também são boas fontes de proteína para complementar a alimentação e contribuir para uma dieta mais saudável para a família", disse. 

Outra dica da nutricionista seria fazer algumas preparações, como quibe assado ou omeletes e panquecas, para substituir a carne. 

"Isso ainda seria melhor do que trocar por linguiça e bifes industrializados de hambúrguer. A proteína texturizada de soja é bem fácil de preparar, podendo ser preparada com a carne moída ou em almôndegas e bifes de hambúrguer. Todas essas opções são mais saudáveis", explicou. 

Além da qualidade, a quantidade merece atenção

Em relação ao consudmo de pipoca e o mingau, Fernanda diz que não são alimentos ruins, mas a preocupação é com relação às quantidades. Caso seja maior que o necessário, pode gerar ganho de peso.  

"No caso de mingau para adultos, deve-se dar preferência ao leite desnatado e usar aveia no lugar do amido de milho", afirmou a nutricionista. 

Para reduzir as calorias das sopas, a dica é optar por legumes com menos carboidratos para não ficar tão calórica. 

"O segredo é escolher somente um 'legume que cresce embaixo da terrra' e os demais são aqueles 'que crescem pra cima da terra'. Essa é uma forma simples de lembrar que os legumes, como (tubérculos e raízes) batata, aipim, inhame e beterraba são mais calóricos e cheios de carboidratos e, por isso, não devem ser consumidos em quantidade livre. Já os 'da terra pra baixo' podem ser consumidos em maior quantidade. Por exemplo: abobrinha, brócolis, berinjela, entre outros", explicou. 

Para os lanches a melhor opção seria trocar os alimentos industrializados por frutas da estação. "Em feiras livres elas costumam ser mais acessíveis e bem mais saudáveis", finalizou.

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