Saúde

Saiba como a baixa reserva ovariana pode afetar a gravidez

Após os 40 anos, a chance de engravidar é reduzida em 5% ao mês

Foto: Pixabay

Nas últimas décadas o desejo da maternidade tem dividido espaço com estudos, carreira profissional e outras formas de realização pessoal, fazendo com que os planos de engravidar sejam adiados por algumas mulheres. 

Geralmente, o desejo de gestação surge aos 35 anos, idade que coincide com a redução mais significativa da reserva ovariana. Essa reserva consiste no estoque de óvulos que a mulher tem nos ovários, desde o nascimento até a menopausa, sendo que a mesma não se renova.

A cada mês, a quantidade de óvulos diminui, sendo esta redução sutil até os 34 anos, e mais relevante após os 35 anos, e assim, progressivamente.

Depois dos 40 anos, a chance de engravidar é reduzida, aproximadamente 5% ao mês. Outro agravante dessa faixa etária é a qualidade dos óvulos, que sofre um "prejuízo" com o passar dos anos, levando ao aumento do risco de malformações embrionárias, que costumam causar abortos espontâneos e/ou doenças genéticas.

Planejamento 

Ao perceber que a maternidade ganhará espaço tardiamente, a mulher pode recorrer ao congelamento dos óvulos, o que lhe permitirá engravidar após os 40, com óvulos jovens, mais saudáveis, e com maior potencial de sucesso.

Além da idade, outros fatores que permitem estimar a reserva ovariana são: o Hormônio Folículo Estimulante (FSH), o Hormônio Anti Mulleriano (AMH), esses são aferidos no sangue, e a ultrassonografia para Contagem de Foliculos Antrais (CFA).

Caso um ou mais desses fatores estejam alterados antes dos 35 anos, podemos ter o diagnóstico de Falência Ovariana Prematura (FOP), que pode ocorrer ainda que a mulher esteja menstruando normalmente. “Os principais fatores que propiciam a FOP são: exposição a agentes quimioterápicos, cirurgias ovarianas ou pélvicas, doenças genéticas e hereditariedade, mas muitas vezes, não é possível estabelecer a causa. A avaliação é importante porque se for constatado que existe uma baixa reserva ovariana, a mulher tem a possibilidade de preservar sua fertilidade através de técnicas de reprodução assistida”, alerta Layza Merizio Borges, doutora em reprodução humana.

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