Saúde

Insuficiência Cardíaca: Transplante salva vida de pessoas com a doença

Conhecido como tratamento ouro, o transplante só é realizado quando o coração está totalmente ilimitado

O operador, Fabrício Costa, em entrevista para a TV Vitória,  após ser transplantado.

O Folha Vitória tem divulgado matérias a respeito da Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), a doença do coração que mais mata pessoas no Espírito Santo. Após falar sobre a prevenção, a última notícia da série é sobre o tratamento da doença.

Conhecido como tratamento de ouro, o transplante é a opção para os pacientes que já estão com o coração totalmente comprometido, como o caso do operador de máquinas, Fabrício Costa Lima que chegou no Espírito Santo, totalmente debilitado, sofrendo com dores no estômago, inchaço abdominal e falta de ar. Fabrício foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aonde descobriu que necessitava urgente de um transplante de coração. 

Você pode assistir o caso de Fabrício na íntegra no VT abaixo:

CUIDADOS E ALERTA

A insuficiência cardíaca é uma doença com inicio silencioso e as pessoas devem estar atentas a qualquer sintoma como dor no peito, palpitações e falta de ar. Pois estão associados as doenças cardíacas ou pulmonares, mas apenas o médico pode dar o diagnostico diferencial.

É UMA DOENÇA HEREDITÁRIA? 

Não. É uma doença adquirida. O maior causador é o infarto agudo do miocárdio, a doença de chagas e o alcoolismo.

TRATAMENTO

O tratamento da Insuficiência Cardíaca depende de dois fatores: A gravidade e a causa da doença. Além disso envolve uma série de medidas como controle da pressão, controle da diabetes, sessar o tabagismo, praticar atividade física regular e ter uma alimentação saudável. No caso, dos pacientes diagnosticados com a ICC os cardiologistas aconselham buscar um nutricionista para a montagem de um cardápio especial.

MEDICAMENTOS

O tratamento da doença é complexo e deve ser feito a vida inteira, raramente ele será feito apenas com uma medicação. Ela só é indicada para as pessoas que descobrem a doença logo no inicio e mesmo assim, é necessário mudanças dos hábitos de vida. Em alguns casos, antes do transplante, são feitas cirurgias para instalação de marcapasso e conserto da válvula que ajudam sincronizar o coração.

O médico Cardiologista, Meclhior Lima explica a importância do transplante para o paciente. "O transplante realmente muda a condição de vida da pessoa. Com a doença o paciente fica completamente limitado, não consegue muitas vezes nem dormir deitado, não consegue levantar para ir a geladeira pegar uma água e até mesmo tomar um banho. Após o transplante ele realmente ganha uma vida nova, volta a fazer tudo normalmente", comenta o médico.

RECUPERAÇÃO

O paciente é acompanhado no ambulatório de dois em dois meses após o transplante. Ele só é indicado para as pessoas com a doença em classe funcional avançada ou seja grave limitação, perda de força do coração, chance de mortalidade de 80% em um ano. O paciente transplantado já passou por todos os tratamentos medicamentosos, esgotando todas as demais opções e restando apenas o transplante. 

CHANCES DE SUCESSO

A chances de mortalidade após o transplante existem, pois o organismo pode reagir e rejeitar o novo coração e o paciente pode ser acometido por infecções até três meses após a cirurgia. Contudo, a chances de sucesso são altas após o transplante, a estimativa é que as pessoas vivam até mais de 25 anos com o novo coração e podem ser retransplantadas caso necessário.

DADOS

100 novos casos da doença surgem no Brasil a cada ano;
No Espírito Santo foram realizados sete transplantes de coração desde janeiro até julho de 2018;
No mesmo período em 2017, foram realizados cinco transplantes;
Até o dia 12 de julho deste ano, quatro pessoas aguardavam na lista de espera por um coração.

Abaixo, você confere na íntegra a entrevista com o médico cardiologista, Melchior Lima a respeito do tratamento da ICC. 


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