Saúde

Varíola dos macacos: ES quer viabilizar testes da doença; secretário faz alerta

Durante pronunciamento realizado na tarde desta segunda-feira (1), o secretário Nésio Fernandes falou sobre as últimas informações da doença e atualizou o cenário de covid-19 no Estado capixaba

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória


Foto: Divulgação

Durante um pronunciamento realizado na tarde desta segunda-feira (01), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que o Espírito Santo está buscando viabilizar a realização de testes contra a varíola dos macacos ainda no mês de agosto.

"Temos um cenário onde a associação da alta suspeita diagnóstica, de homens que têm relações sexuais com outros homens, não é adequada. Em contato próximo, pele a pele, podemos ter contaminação. Desta maneira, a população precisa compreender que a monkeypox não escolhe. Quem tiver contato com alguém com lesões, pode se infectar. Independente de idade e orientação sexual", afirmou

Ainda sobre a doença, Fernandes reiterou que "não se trata de algo leve". Ele afirma que as dores corporais nas pessoas contaminadas são significativas, principalmente quando afetam mucosas. 

"A partir do momento que existe um descontrole da circulação da doença na população e ela passa a atingir crianças e idosos, podemos ter percepção de risco incrementada", completou

O secretário ainda falou sobre o cenário da covid-19 em todo o Espírito Santo, e outros assuntos. Veja o ponto a ponto.

Covid-19 no Espírito Santo

Nésio Fernandes: "Sobre a Covid-19, o cenário do mês de maio aconteceu. Conseguimos projetar um cenário onde teria uma rápida expansão da doença e foi confirmado. Ao final de maio, mobilizamos 100 leitos de UTI e enfermaria específicos para pacientes graves com a covid-19. Dedicamos leitos para os pacientes já hospitalizados. Com isso, garantimos o acesso a toda a população afetada pela pandemia nessa última expansão, em junho e julho".

Comportamento de óbitos pela covid-19 no ES

Nésio Fernandes: "O comportamento dos óbitos é tardio. Chegamos a ter média móvel de óbitos superior a 8 óbitos por dia na primeira semana de julho. Nos últimos 7 dias, 2,71 óbitos. Podemos, então, ao longo de agosto, repetir quantidade de óbitos um pouco inferior ou próxima do mês de junho, consolidando fase de recuperação. Temos uma pandemia que não acabou. A vacinação está prejudicada em todo o país pela falta de comunicação clara e por retomada plena da normalidade, sem adequada vinculação da necessidade de vacinação, desconectada dos períodos das ondas. Vacinas são a principal medida de saúde pública".

"Agora, na fase de recuperação, é quando mais devemos vacinar", diz Nésio

Nésio Fernandes: "Gostaríamos muito que a população capixaba procurasse os serviços de saúde para atualizar seu esquema vacinal. Entre os meses de abril e maio, tivemos redução da procura por vacina. Tivemos em torno de 535 mil doses aplicadas nesse período. Em junho e julho, mais de 600 mil doses foram aplicadas em um curso de uma nova expansão da pandemia. Precisamos que a população procure a vacinação independente da ocorrência de novas ondas. Agora, na fase de recuperação, é quando mais devemos vacinar".

UPAs e PAs da Grande Vitória terão o medicamento Baricitinibe

Nésio Fernandes: "Nós inserimos o uso do baracetinibe em pessoas com covid-19, adquirimos o tratamento para garantir que todos os hospitais consigam atender os pacientes que não fazem uso de ventilação mecânica. Vamos dar um passo nesta semana. UPAs e PAs da Grande Vitória terão disponibilidade do medicamento".

ES vai organizar cursos para profissionais lidarem com a varíola dos macacos

Nésio Fernandes: "Temos situação no país de subdiagnóstico pela baixa oferta de testagem consequente não somente disso, mas também por uma redução da percepção de risco por parte de profissionais de saúde da rede privada e pública. Desta maneira, estaremos atualizando normas técnicas, estamos organizando cursos para os profissionais nesta primeira quinzena de agosto".

ES quer realizar viabilizar testes de varíola dos macacos

Nésio Fernandes: "Estamos buscando viabilizar a realização de testes ainda no mês de agosto. Temos um cenário onde a associação da alta suspeita diagnóstica, de homens que têm relações sexuais com outros homens, não é adequada. Em contato próximo, pele a pele, podemos ter contaminação. Desta maneira, a população precisa compreender que a monkeypox não escolhe. Quem tiver contato com alguém com lesões, pode se infectar. Independente de idade e orientação sexual. Monkeypox é um problema de saúde pública. 

"Não se trata de algo leve", afirma N´ésio sobre a varíola dos macacos

Precisamos nos apropriar ao risco da doença, não se trata de algo leve. As dores corporais são significativas, principalmente quando afetam mucosas. A partir do momento que existe um descontrole da circulação da doença na população e ela passa a atingir crianças e idosos, podemos ter percepção de risco incrementada.

Secretário faz alerta sobre a varíola dos macacos no ES

Nésio Fernandes: "Fica nosso alerta a população do Estado do Espírito Santo. Diante das lesões, procure atendimento médico. Todas as amostras serão enviadas para os laboratórios de referência do Ministério da Saúde, de forma que a gente consiga garantir a testagem a todos os casos suspeitos".

Foto: Divulgação/Sesa


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