Saúde

Busca por curtidas nas redes sociais pode se transformar em doença

Especialistas alertam que o uso de smartphones em excesso pode virar compulsão

As pessoas ficam mais suscetíveis aos acidentes domésticos, de trânsito e até mesmo a roubos quando utilizam o celular. 

Em qualquer lugar e em qualquer situação, as pessoas se acostumaram a mexer no celular o tempo todo. Seja no trânsito, nas ruas ou até mesmo dentro de casa, algumas até se colocam em risco para conferir as últimas novidades ou conversar com os amigos. 

O prazer que sentimos enquanto estamos nas redes sociais é explicado pela medicina e de acordo com especialistas enquanto estamos conectados aos celulares, o cérebro produz o hormônio da dopamina- responsável por conduzir impulsos nervosos para o corpo- mas o uso em excesso dos aparelhos celulares pode virar compulsão.

Com os olhos na tela do celular, as pessoas ficam mais suscetíveis aos acidentes domésticos, de trânsito e até mesmo a roubos. No trânsito, a falta de atenção causa ainda mais problemas. Segundo dados do Detran, foram 114 multas em motoristas que dirigiam mexendo no celular apenas na capital de São Paulo

Mas a atenção que as pessoas dão ao celular pode ser explicada. A psiquiatra Juliana Khury comenta que isso acontece principalmente quando há uma recompensa envolvida. “Quando há curtidas, comentários em fotos, a gente libera dopamina, que é o hormônio do prazer, na região do sistema de recompensa do cérebro. A dopamina estimula a sensação de prazer fazendo com que a gente repita o comportamento de utilizar cada vez mais o smartphone em busca daquele prazer”, explicou.

No entanto, há um alerta para que o comportamento não se transforme em doença. De acordo com a psiquiatra, isso é possível quando a pessoa já não consegue mais controlar o desejo pelo uso do celular. “Consideramos como uma doença quando aquele comportamento está tão excessivo que a pessoa não consegue mais controlar. Deixa de ser um uso comum e vira uma compulsão”, explica Juliana.

Essa matéria pertence ao Programa Fala Brasil, publicada no portal R7.

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