Saúde

Em cinco anos, população idosa brasileira cresce 18,8%

Problemas sociais, acessibilidade e limitação são decorrentes do envelhecimento

Demonstração de afeto, cuidado e carinho ajudam a melhorar a qualidade de vida do idoso. 

Dados da pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovam que o envelhecimento da população brasileira é uma realidade. Em cinco anos- 2012 a 2017- a população idosa com 60 anos ou mais de idade cresceu 18,8%.

Apesar de todos os avanços da ciência para prolongar a juventude, não há como parar a roda do tempo e impedir os efeitos que a idade acarreta à vida. Na terceira idade, são muitos os desafios a serem enfrentados: dificuldade de manter o convívio social, problemas de acessibilidade, dentre outras limitações decorrentes do envelhecimento.

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, revelou que o maior medo do idoso brasileiro é a solidão, seguido do medo de perder a capacidade de enxergar ou se locomover, e desenvolver doenças graves. 

"O medo de envelhecer passa, inevitavelmente, pelo temor das perdas que circundam a terceira idade: o comprometimento da vitalidade, da autonomia, do poder de decisão, são alguns exemplos", explicou o geriatra, Luiz Gustavo Genelhu. 

O médico faz um alerta que diante desse contexto, o papel da família é fundamental para a melhoria da qualidade de vida do idoso. "Promover momentos de convivência, carinho e descontração em família são medidas benéficas que vão contribuir para a saúde física e emocional do idoso", comentou.

Luiz Gustavo explica que é importante que todos participem e demonstrem interesse, mesmo que em meio às outras atividades do dia a dia. Por isso, às vezes é necessária a divisão de tarefas, como conferir o calendário de vacinas, marcar consultas, levar ao médico. Segundo ele, com organização e boa vontade, todos podem participar.

Agregar qualidade aos anos adicionais de vida é mais importante do que simplesmente envelhecer. Para manter a independência e a vida ativa, inclusive na terceira idade, é preciso priorizar três pilares fundamentais: acompanhamento médico regular, bom convívio social e atividade física.

"O envelhecimento sinaliza que todo o processo de vida seguiu seu rumo natural e, assim como outras fases da vida, requer cuidados e atenção. Infelizmente, muitos ainda não priorizam um estilo de vida saudável, mas quanto maior o acúmulo de hábitos benéficos, maior é o potencial de se alcançar uma expectativa de vida mais prolongada", finalizou o geriatra.