Saúde

Escolas da rede municipal vão realizar ação para falar sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis

No país, a cada dez crianças que nascem, duas são de mães adolescentes

Foto: Divulgação

Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 18% dos nascimentos no Brasil são de mães entre 10 e 19 anos. A cada dez crianças que nascem, duas são de mães adolescentes. Quando a gravidez ocorre ainda na adolescência, pode resultar em maior nível de vulnerabilidade ou riscos sociais para as mães e também para os filhos, particularmente, os recém-nascidos, pois, nesta etapa, a criança é particularmente vulnerável e dependente de cuidados dos adultos.

Nesta semana, unidades da rede municipal de ensino vão sediar a "Semana de Saúde do Adolescente na Escola", uma ação das secretarias de educação e social, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Estudantes de mais de 50 escolas vão participar de atividades educacionais relacionadas à importância da prevenção da gravidez, das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e do HIV/Aids na adolescência.

Temas 

Haverá exposição dialogada sobre direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes, dinâmicas de perguntas e respostas, roda de conversa sobre prevenção da gravidez e de ISTs na adolescência, oficina de sexualidade e apresentação do programa "‘Viva melhor sabendo jovem" (Unicef).

"Durante esta semana, as equipes de Saúde e Educação trabalharão juntas para informar e desenvolver ações envolvendo estudantes, professores e funcionários. A conscientização é essencial, já que doenças como ISTs causam impacto não só na saúde, mas também na frequência escolar", ressaltou a secretária municipal de Saúde, Cátia Lisboa.

Parceria

Vitória, desde 2017, é uma das dez capitais brasileiras que fazem parte da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU – Unicef), que é uma iniciativa para promover os direitos das crianças e adolescentes mais afetados pelas desigualdades sociais.

É implementada em cooperação com o governo municipal e estadual por meio da articulação de diferentes ações em torno de agendas prioritárias comuns. Uma delas é a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes.

Cidade Educadora

A programação integra as ações que levaram Vitória a ser, até 2020, sede da Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), que trabalha para que a educação seja o eixo transversal de todas as políticas locais, tomando consciência e reforçando o potencial educador das atuações e programas de saúde, meio ambiente, urbanismo, mobilidade, cultura e desporto.

O Comitê Gestor Intersetorial Vitória Cidade Educadora reúne representantes de várias secretarias municipais com o objetivo de monitorar e acompanhar as políticas públicas municipais no assunto.

"Vitória, como sede da rede brasileira, tem sido reconhecida internacionalmente pelas ações desenvolvidas em diversas áreas. E nosso objetivo é trabalhar para fortalecer e aprimorar programas em todas os setores do município", aponta Mateus Mussa, secretário da Seges.

Cenário 

Dados do IBGE/Censo Demográfico (2010) apontam que a proporção de adolescentes e jovens mulheres brasileiras entre 15 e 19 anos que não estão inseridas no mercado de trabalho ou na escola é maior entre as que já tiveram filhos do que em relação às que nunca foram mães.

Além disso, dentre as que já tiveram filhos, a taxa de fecundidade entre adolescentes e jovens mulheres que se declararam como pretas e pardas está em patamares superiores (69%).

* Com informações da Prefeitura de Vitória 

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