Saúde

Transplante capilar é solução para quem sofre de calvície

Estima-se que 42 milhões de brasileiros sofram de algum grau do problema

Foto: Divulgação
Transplante capilar não costuma ser a primeira opção de quem sofre de calvície. 

A calvície afeta cerca de 42 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira do Cabelo. Recentemente, o comediante Rodrigo Sant’Anna passou pelo procedimento de transplante de fios e mostrou o resultado em suas redes sociais Existe uma expressão que afirma que os cabelos são a moldura do rosto. 

Há também quem diga que ele mostre um pouco da nossa personalidade, através de tinturas e até cortes personalizados. Por esse motivo, quando ocorre queda dos fios muita gente se preocupa, já que em muitos casos a calvície afeta a autoestima. 

Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo, estima-se que 42 milhões de brasileiros sofram de algum grau do problema. O transtorno afeta em maior parte os homens, mas pode ser resolvido com o transplante capilar.

De acordo com o cirurgião plástico Filipe Canal, é natural que com a idade, o volume de cabelos diminua. No entanto, algumas pessoas podem apresentar sinais de calvície mais cedo. “Muitos acreditam que a calvície acontece quando os cabelos de determinada área do couro cabeludo caem e não voltam a crescer. Mas, em geral, a calvície é resultante do afinamento dos fios, que se tonam curtos e reduzidos, até que desapareçam. Esse processo pode começar a partir dos 18 anos e assim seguir de maneira contínua”, explica.

Para esses casos, existe o transplante capilar, que consiste na retirada de fios de outra área da cabeça, chamada de doadora, para o local que se encontra em desfalque, conhecido como receptor. 

O especialista revela que existem duas técnicas que podem ser utilizadas no procedimento. “Temos aí a técnica FUT, que consiste na retirada cirúrgica de uma faixa de couro cabeludo, localizada na região de trás da nuca, que será dividida em pedaços para a separação das unidades foliculares para ser transplantado. Essa técnica permite dar mais volume em áreas mais extensas, dependendo da quantidade de unidades capturadas. Já a técnica FUE retira as unidades foliculares de forma individual, não sendo necessários pontos e a cicatrização é mais rápida. Porém, ela é menos recomendada, pois é mais difícil conseguir um bom número de unidades viáveis para serem transplantadas”, explica.

No entanto, em ambas as técnicas, após três meses, o paciente já começa a ver melhorias no cabelo. O resultado final pode ser visto em um ano. “Acontece que, após a cirurgia, todos os fios transplantados caem e a partir daí crescerão os novos. Mas é importante lembrar que o paciente deve seguir as recomendações necessárias: evitar exposição ao sol, praia e atividades físicas intensas logo após o procedimento, além de procurar manter a saúde em dia. Tudo isso irá contribuir no sucesso do procedimento”, ressalta Filipe.

O transplante capilar não costuma ser a primeira opção de quem sofre de calvície, mas pode ser realizado em qualquer pessoa que tenha o problema. No entanto, o cirurgião recomenda que seja feita uma consulta para avaliar o estágio em que o processo de calvície se encontra.

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