Saúde

Pessoas diabéticas possuem mais chance de desenvolver doenças periodontais

Controle da doença periodontal e tratamento é de extrema importância para que os paciente diabéticos não percam dentes

Foto: Pixabay
Consulta ao dentista deve ocorrer a cada seis meses. E pacientes diabéticos necessitam de maior atenção. 

O Dia Mundial da Diabetes é celebrado em 14 de novembro, a doença é a mais comum não transmissível com elevada prevalência e incidência crescente. Estima-se que até 2025, dez a cada cem pessoas serão diagnosticados com diabetes. Segundo o dentista especialista em periodontia, Umberto Ramos, o paciente com diabetes possui risco maior de desenvolver doenças periodontais- que se caracterizam pela perda óssea ao redor dos dentes e que leva a perda dentária.

A doença e suas complicações são uma das principais causas de morte no mundo. O tratamento se baseia no controle glicêmico (controle da quantidade de glicose no sangue), para que o diabético não sofra danos em seus rins, coração e olhos. Porém, uma das complicações mais frequentes, de fácil diagnóstico, mas que ainda pouco explorada são os problemas bucais.

“Pesquisas realizadas no início do século demonstraram que pessoas diabéticas com doença periodontal não tratada possuíam um pior controle da glicose sanguínea devido a um estado constante de inflamação. Para exemplificar, uma pessoa que seja portadora de doença periodontal moderada ou severa, possui uma área de infecção e inflamação equivalente à palma de uma mão. Diabéticos com doença periodontal severa possuem risco de morte 3,2 vezes maior do que os que não tem”, informou Umberto Ramos. 

O especialista alerta que o controle da doença periodontal e tratamento da mesma pelo cirurgião dentista (periodontista) é de extrema importância para que os paciente diabéticos não percam dentes. “Estudos recentes tem demonstrado que, ao tratar a doença periodontal, pacientes diabéticos conseguem melhorar seu controle glicêmico, o que representa menores doses de remédios, maior qualidade de vida e longevidade”.

Umberto ainda ressalta que a inter-relação boca-saúde geral é tão grande, que já há investigações e estudos buscando a relação entre inflamação bucal e outras doenças como aterosclerose, doenças pulmonares e obesidade. A saúde começa, sem sombra de dúvidas, pela boca.

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