Saúde

Tomada de decisões são responsáveis pela saúde mental, diz especialista

O primeiro passo para garantir uma vida saudável e feliz é se responsabilizar pelas próprias decisões

Foto: Biointegral Saúde
Autorresponsabilidade é de extrema importância para ganhar saúde física e emocional.

Em tempos de discussão, conflitos de ideias, instabilidade financeira, está cada vez mais difícil entender os limites entre o que é verdade e o que são apenas crenças adquiridas, que comprometem nossa sanidade emocional. Para a fisioterapeuta Frésia Sa, o importante é entender que podemos questionar tudo e podemos escolher aquelas verdades que realmente falam mais alto ao nosso coração, e que devemos nos responsabilizar pelas escolhas que fizemos, mesmo aquelas que aconteceram de forma inconsciente, no passado, e fazer novas escolhas, para mudar o futuro: “a vida é sempre uma questão de perspectiva”, reflete.

A única coisa que realmente não dá para fazer é se colocar no papel de vítima. “Uma situação não está boa? Ao invés de sentar e chorar, ou, depois de fazer isso, a saída é rever o que aconteceu, entender de onde veio aquela situação e o que está ao nosso alcance fazer para mudar”. Segundo Frésia, somos autores da nossa vida e, portanto, totalmente responsáveis pelo que nos acontece.

“Quando alguém nos magoa”, explica Frésia, “ao invés de simplesmente culpar o outro, precisamos entender porque permitimos o que aconteceu. Isso não tira a responsabilidade do outro pelos seus atos, veja bem, ninguém está dizendo para aceitar tudo e achar que todo mal é sempre consequência nossa. Mas a equação é geralmente assim: o que o outro nos fez + o que permitimos que fosse feito = resultado do fato”.

E aí, podemos pensar: não temos como mudar o que o outro fez porque isso é responsabilidade dele, não nossa. Mas podemos mudar o modo como agimos, reagimos, podemos mudar o quanto permitimos que seja feito, o quanto aceitamos. “Na equação acima, imediatamente essa mudança vai interferir no resultado do fato. Ao invés de focar no que o outro fez, sobre o que não temos nenhum controle, foque no que você está permitindo que façam com você. É a parte que lhe cabe na sua felicidade”.

Segundo a fisioterapeuta, “quando nos tornamos responsáveis pelo que aceitamos, pelo que emitimos de informação ao mundo, sabemos o que podemos cobrar do outro: se eu não aceito que falem comigo em um tom mais alto e isso ficar claro, dificilmente irá acontecer. E, se acontecer, eu saberei como me posicionar e se vou seguir naquela relação depois do ocorrido nela ou não. Seja uma relação amorosa, familiar, corporativa. Eu coloco os meus limites e, claro, fico atento aos limites do outro. Respeito é sempre uma via de mão dupla”.

Quando nos responsabilizamos pela nossa realidade, damos a devida atenção às nossas crenças, aos nossos valores e ao nosso posicionamento de mundo. “Eu me respeito, me coloco e, portanto, sei que as consequências terão sempre a parte que me cabe. Eu escolho, eu entendo e eu sigo, ou não, naquela situação. Naquele emprego, naquela amizade, naquele lugar. Não está bom? A primeira pergunta é: o que eu tenho que fazer para mudar?”, conclui a fisioterapeuta. 

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