Saúde

Imunoterapia é o melhor tratamento para o câncer de pele, mas tem alto custo

O tratamento não é disponibilizado pelo SUS e chega a custar cerca de 60 mil reais por mês

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
A imunoterapia é a aplicação de um um soro na veia do paciente. 

Dezembro é o mês de combate a prevenção ao câncer de pele, o mais incidente na população brasileira. Dentre os tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais raro, porém o mais agressivo, levando os pacientes a óbito na maioria dos casos. Segundo os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 180 mil novos casos da doença devem surgir até o fim deste ano.

Novos tratamentos são capazes de dobrar chances de cura, a imunoterapia é um exemplo, principalmente no caso do câncer de pele melanoma, que apresenta o maior número de mutações genéticas no DNA do tumor. Essas mutações podem confundir o sistema imunológico do paciente e dificultar a ação de terapias tradicionais. Por isso, a imunoterapia é uma das grandes aliadas no tratamento da doença.

O grande problema do tratamento está relacionado ao custo. De acordo com a oncologista clínica do Cecon, Virgínia Altoé Sessa, a imunoterapia não é oferecida pelo SUS e chega a custar em média, o valor de um carro popular, para 15 dias de tratamento, o que equivale aproximadamente, 60 mil reais no mês. "Alguns planos de saúde cobrem o tratamento, mas são poucos e o SUS não oferece. Por isso, campanhas como o Dezembro Laranja são importantes, é preciso incentivar as pessoas a se prevenir, a cuidar da pele e da saúde, é a melhor forma de combater a doença", completou Virgínia. 

Imunoterapia 

Diferentemente da quimioterapia que mata as células ruins e as boas, a imunoterapia é o tratamento que promove a estimulação do sistema imunológico por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica. "Em resumo, trata-se de soro injetado na veia, que ajuda as nossas defesas, o nosso próprio organismo a detectar o câncer e agredi-lo. Também possuí efeitos colaterais, mas é muito inferior ao da quimioterapia", explicou a oncologista.

Alerta

A especialista reforça que os cuidados contra os raios solares no caso dos pacientes oncológicos, deve ser ainda maior. "O paciente não pode ficar exposto ao sol de forma alguma, independente do tratamento, seja quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. Os efeitos do sol na pele, podem ser ainda mais agressivos e causar lesões e queimaduras graves, devido a sensibilidade da pele", alertou Virgínia, especialista em câncer de pele.

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