Saúde

Medo de ser julgado causa memórias traumáticas e limitantes

Fisioterapeuta comenta sobre o medo do julgamento alheio e como evita-lo

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Biointegral Saúde
Muitas pessoas deixam de agir de determinada forma ou de fazer algo que deseja muito por medo de ser julgado. 

Grande parte da sociedade cresce acreditando fielmente que a opinião dos outros é muito importante, alguns chegam a pensar, que na verdade, a opinião alheia é determinante para a felicidade. A fisioterapeuta Frésia Sa, especializada em saúde integrativa, questiona essa postura.  Segundo ela, isso acontece quando colocamos nossas expectativas sobre os pensamentos e as opiniões dos outros, sobre as quais não temos nenhum controle. 

“Não há como prever os parâmetros pelos quais seremos julgados porque, além das tradições, do que é socialmente aceito, existem expectativas pessoais e familiares, existem momentos, existem emoções dirigidas por traumas. Existe um universo inteiro de possibilidades que fazem com que o outro nos julgue de uma determinada maneira”, explica Frésia. Então, por princípio, nunca podemos prever, nem de longe, como seremos avaliados o que gera uma constante insegurança.

Para a fisioterapeuta quando a pessoa deposita a felicidade nos julgamentos externos, as chances de serem atacadas, retaliadas e magoadas são enormes. “Ninguém está dizendo para esquecer de uma vez por todas as regras sociais e sair agindo a seu bel prazer, sem se importar se está ou não ferindo e prejudicando os outros. Estamos vivendo uma era de despertar. A simples pausa para entender a necessidade de julgamento externo já é o começo de um processo de cura. Avaliar, o tempo todo, que regras são ou não necessárias, que crenças nos pertencem ou foram impostas sem fazer sentido, é urgente”, explica.

O medo de ser julgado impede as pessoas de serem felizes

Segundo a fisioterapeuta, que realiza um trabalho com técnicas variadas para descobrir memórias traumáticas e crenças limitantes que impedem as pessoas de serem felizes, ocupar-se da opinião externa é um erro: "coloque-se padrões condizentes com o que é verdade para você: estou prejudicando alguém? Ofendendo alguma lei moral? Estou sendo infiel aos meus próprios valores? Se a resposta a todas as perguntas for não, então, vá em frente! O que mais escuto de pessoas que se preocupam demais com a opinião dos outros é: 'como eu gostaria de ser diferente' ou 'como eu queria ter coragem'". 

A especialista ainda comenta que ninguém é capaz de poder mudar a atitude de uma pessoa ou escolher seguir enfrente por ela. “A notícia boa é que sempre é tempo de mudar, de exercitar a coragem de ser quem se é. Pode ser um passo de cada vez. Uma realização a cada etapa. O importante é recomeçar, acreditar que a sua opinião é a que a que mais importa e ponto final", finalizou Frésia. 

Com informações da Biointegral Saúde. 

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