Saúde

Casos de chikungunya continuam aumentando na região sudeste

Número representa aumento de 297,8% em relação a 2018

Foto: Divulgação
Os óbitos provocados pela chikungunya chegaram a 48 este ano, aumento de 380% em relação aos 10 do ano passado.

Segundo informações do Ministério da Saúde, os principais sintomas da chikungunya são febre, dores intensas nas juntas, pele e olhos avermelhados, dores pelo corpo, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Porém, em cerca de 30% dos casos a pessoa não apresenta os sintomas, que aparecem de dois a 12 dias após a picada do mosquito. 

Uma vez infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Mas a doença pode levar a complicações neurológicas, como a síndrome de Gulliain-Barre e encefalite.

Sudeste 

O município do Rio de Janeiro registrou 37.973 casos de chikungunya de janeiro a dezembro de 2019. O número representa um aumento de 297,8% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram notificados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) 9.545 casos da doença.

Os óbitos provocados pela chikungunya chegaram a 48 este ano, aumento de 380% em relação aos 10 do ano passado. Foram registradas 20 mortes em 2016 e duas em 2017, ano que registrou menos casos também, com 1.691 de janeiro a novembro.

Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS, o maior número de óbitos pela doença este ano ocorreu na região que engloba Irajá, Madureira, Anchieta e Pavuna, na zona norte da cidade, com um total de 11 mortes. A mesma área teve também o maior número de casos, com 5.766 até novembro.

Também na zona norte, a área de Inhaúna, Méier e Jacarezinho registraram um total de oito mortes, com 3.087 casos. No ano passado, a região que teve o maior número de óbitos, com quatro, foi na zona oeste, com Campo Grande e Guaratiba, com um total de 2.324 registros da doença no ano.

De acordo com a SMS, os períodos mais quentes e chuvosos do ano favorecem o surgimento de criadouros do mosquito vetor, o Aedes aegypti, o mesmo da dengue e do vírus Zika, o que aumenta a ocorrência dessas doenças. Segundo a pasta, o número de casos de chikungunya estão altos porque a doença foi introduzida no país e na cidade recentemente, portanto, toda a população carioca era susceptível à infecção em 2015.

A secretaria ressalta que “a forma mais eficaz de prevenir as arboviroses [vírus transmitidos por picadas de insetos] é evitando o nascimento do Aedes aegypti, e que 80% dos focos são encontrados em residências. Por isso, a participação da população é fundamental, eliminando em suas casas objetos que possam servir de reservatórios de água, onde se formem os criadouros do mosquito”.

Por: Agência Brasil 


Pontos moeda