Saúde

Governo anuncia detalhes do plano de vacinação; Estados vão ser tratados de forma igualitária

Pazuello esclareceu que cabe aos governadores a transferência das vacinas aos municípios de seu Estado

Foto: Foto: Pixabay

Nesta quarta-feira (16), o governo federal anunciou detalhes do plano nacional de vacinação contra o coronavírus. Governo vai comprar 330 milhões seringas e agulhas para vacinação. Além disso, prometeu uma campanha para convencer pessoas do grupos de risco a tomar a vacina. 

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, abriu seu discurso dizendo que há muita desinformação e ansiedade quando se fala sobre a pandemia. "Senhores, vamos nos orgulhar de nossa capacidade. Ela não foi feita por mim. Ela já está lá. Foram nossos antecessores que criaram o SUS, que criaram o plano nacional de imunização. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior plano de imunização do mundo." 

O Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse em uma rede social que vencido o debate ideológico na aquisição do imunizante, agora é acompanhar os registros para que sejam rápidos e seguros. 


Pazuello esclareceu que cabe aos governadores a transferência das vacinas aos municípios de seu Estado. O ministro afirmou que todos os Estados da federação serão tratados de forma igualitária e todas as vacinas produzidas pelo Brasil terá prioridade no SUS. Pazuello disse também que não vê nada de errado nas medidas do governo em relação ao combate à pandemia. "Se tivesse visto, já teria corrigido."

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, primeiro a falar no evento no Palácio do Planalto, explicou que o documento, de 100 páginas, não seria todo detalhado ali, mas enfatizou que todas as decisões tiveram o aval de 140 especialistas consultados pelo ministério.

Entre os parceiros apontados por Medeiros estava o Instituto Burantan, que desenvolve com o laboratório chinês Sinovac uma das vacinas que estão sendo testadas no mundo.

Ele também anunciou o investimento de mais de R$ 80 milhões para a compra de mais de 300 milhões de agulhas e seringas.

Medeiros explicou ainda que o critério para a escolha dos grupos prioritários para a vacinação foi a manutenção do funcionamento de serviços essenciais à população, fazendo menção aos profissionais de saúde, além do foco em pessoas que têm mais riscos de morte no caso de contraírem o vírus.

O presidente Jair Bolsonaro estava presente no evento marcado para explicar o documento enviado pelo Ministério da Saúde ao STF (Supremo Tribunal Federal) no último fim de semana.

Ele também não trouxe detalhes específicos sobre datas para o início das imunizações, mas defendeu a união nacional entre o governo federal e todos os chefes de Executivo estaduais. "São 27 governadores com um propósito comum: a volta à normalidade", disse.

Grupos prioritários

Na terça-feira (15), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, respondeu que o ministério tem condições de iniciar a distribuição de vacinas cinco dias após a aprovação da Anvisa.

Outro trecho esclarecido pelo ministério é a duração das campanhas de vacinação para os grupos prioritários, que serão quatro. A expectativa é imunizar cerca de 51 milhões de pessoas no período de quatro meses.

Ainda de acordo com o ministério, qualquer plano só será concretizado após aprovação de uma vacina, seja pelo registro sanitário ou autorização de uso emergencial, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Com informações do portal R7

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