Pré-natal odontológico: você sabia que a saúde do bebê começa pela boca?

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Esta frase bastante conhecida nos remete ao conceito de que a saúde de uma pessoa depende dos
alimentos que ela ingere e de sua saúde bucal. É claro que ninguém discorda. Mas o que propomos agora é
perguntar: “boca de quem?”.

O Pré-Natal Odontológico é um conjunto de ações preventivas que a gestante deve fazer visando a
sua saúde oral e a do seu bebê. Os médicos, dentistas, nutricionistas e agentes de saúde – são alguns exemplos
de que as informações e orientações que devem sair de suas “bocas”, são muito importantes para uma
gestação saudável e uma dentição sadia da mãe e do filho.

É neste contexto que queremos mostrar que a saúde começa nessas múltiplas “bocas”: dos
profissionais de saúde – da gestante – e do bebê.

Os cuidados da gestante com sua alimentação, hábitos saudáveis e higiene bucal influenciam
diretamente na saúde do bebê. E o inverso também é verdadeiro – as doenças na gengiva
(gengivite/periodontite) podem levar à gestante a parto prematuro, bebê de baixo peso e pré-eclâmpsia.
Logo, tão importante quanto fazer o pré-natal com seu médico obstetra, é também necessário que as gestantes,
façam o Pré-Natal Odontológico com o seu dentista.

A prevenção é o melhor método para evitar a instalação de doenças bucais. Segundo o último SB
Brasil 2010, 55% das crianças com menos de três anos de idade já têm experiência de cárie. A doença
periodontal e a cárie estão entre as doenças mais comuns na população brasileira, e o caminho para reduzir essa
incidência está em divulgar que essas são doenças ligadas ao comportamento (desequilíbrio entre dieta rica
em sacarose e higiene), passíveis de controle e prevenção.

O conhecimento dessas questões permite à gestante uma mudança de hábitos possibilitando uma
melhor qualidade de vida, mantendo a sua saúde bucal e garantindo, prematuramente, uma dentição mais
saudável para seus filhos.

Resta a nós, profissionais de saúde (médicos ginecologistas, obstetras, pediatras, odontopediatras e
dentistas clínicos), nos unirmos e utilizarmos as nossas “bocas” para divulgar a importância do Pré-Natal
Odontológico, reforçando para as futuras mamães o conceito de que “a Saúde começa pela Boca”, e que a
dentição da criança será o espelho de suas ações na gestação e nos primeiros anos de vida do bebê.

Vamos derrubar mitos que cercam este tema:

– Na gravidez NÃO é natural estragar os dentes – O que ocorre é um aumento na frequência da
alimentação e no consumo de carboidratos, doces e alimentos ácidos, além de uma ocorrência alta de
vômitos, o que leva a uma maior propensão ao aparecimento de cárie, pois estes fatores alteram o pH
salivar e aumentam a formação de biofilme (placa bacteriana).

– A gravidez não causa gengivite ou periodontite – As alterações hormonais da gravidez levam a uma
maior vascularização do periodonto, e com isso doenças periodontais já estabelecidas se tornam mais
evidentes. As náuseas e a higiene bucal inadequada levam ao aparecimento das gengivites.

– Em qualquer período da gestação pode e DEVE ser feito tratamento odontológico – O segundo
trimestre, porém, é a época ideal. Os problemas bucais oferecem mais riscos à gestante e ao bebê, do
que o tratamento odontológico.

– O cálcio não é retirado dos dentes da mãe pelo feto – Se a dieta da gestante for carente deste mineral,
o bebê irá “roubar” cálcio dos ossos da gestante. Uma dieta equilibrada na gestação é muito
importante para o desenvolvimento do feto e para a formação correta dos dentes.

– Antibióticos de uma maneira geral não causam problemas dentários – As tetraciclinas não devem
ser usadas na gestação e na infância, pois causam manchas nos dentes em formação, mas condições
desfavoráveis durante a gestação, como falta de vitaminas, infecções e uso de determinados
medicamentos prejudicam a formação e mineralização dos dentes. As gengivas e os dentes estão
ligados ao organismo através da circulação sanguínea, por isso bactérias presentes nessas estruturas
podem agravar doenças cardíacas, renais e também interferir na formação do feto.

– A ingestão de flúor durante a gestação NÃO torna os dentes do bebê mais resistentes à cárie – Os
dentes são fortalecidos pela ação tópica do flúor durante a escovação, por esta razão, é importante o
uso de creme dental com teor de flúor adequado (acima de 1000 ppm).

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