Economia

Rumos do Porto de Águas Profundas precisam ser definidos, defende presidente da Findes

Rumos do Porto de Águas Profundas precisam ser definidos, defende presidente da Findes Rumos do Porto de Águas Profundas precisam ser definidos, defende presidente da Findes Rumos do Porto de Águas Profundas precisam ser definidos, defende presidente da Findes Rumos do Porto de Águas Profundas precisam ser definidos, defende presidente da Findes
A criação do Porto de Águas profundas é discutida desde 2004 no Estado Foto: TV Vitória

A criação de um Porto de Águas Profundas, apontado com uma das alternativas para o setor logístico do Espírito Santo, precisa ser analisada com maior definição. Isso é o que defende o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra.

“O Porto de Águas Profundas está sendo muito discutido, mas precisamos urgentemente definir o local em que será instalado. Temos dois portos sendo cogitados: o de Presidente Kennedy e o de Vila Veha. Mas não seria melhor focar em um só? Acredito que seria mais viável. Acho que falta certa definição”, explica Guerra.

O presidente diz ainda que a indefinição gera insegurança para empresários que atuam no comércio exterior. “Quando converso com pessoas ligadas à área de mercado exterior, elas ficam na dúvida ainda. Não percebo certa segurança se será no lugar X ou no lugar Y. Acho que precisamos definir, até porque o porto de águas profundas requer amplo estudo, investimentos altíssimos, licenciamentos ambientais. A região que vai receber um porto precisa ser pensada para o futuro, para os próximos 50 anos, porque a estrutura é muito grande”, afirma.

Debate é antigo no ES

Em março deste ano, durante uma audiência pública da Frente Parlamentar Ambientalista, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o diretor da Intersindical Portuária, Luiz Fernando Barbosa Santos, lembrou que o debate sobre a construção de um porto de águas profundas no Espírito Santo remonta a 2004, quando os integrantes do Conselho de Autoridade Portuária (CAT), composto por representantes do governo, empresários e trabalhadores em portos, discutiam o novo cenário do comércio marítimo internacional provocado pela expansão econômica da China.  

Segundo Barbosa, o crescimento do comércio das comoddities mundiais, no rastro do efeito China, forçou os armadores a aumentar o tamanho das embarcações, com o lançamento da geração de navios triple-E – mais velozes, com economia de escala e redução pela metade de emissão de CO2. Esses novos meios de transporte têm capacidade de transportar até 18 mil contêineres, bem acima da capacidade média antiga de sete mil contêineres, e exigem portos com calado mais profundo.  

Com isso, terminais de estuário, que antes eram altamente competitivos, agora estão condenados a desaparecer do comércio mundial. “A maioria dos portos brasileiros, inclusive o de Vitória, foram os primeiros a sofrer as consequências dessa nova realidade”, explicou o engenheiro. 

A criação do Porto de Águas Profundas é um dos assuntos abordados pela Série Logística é Solução da TV Vitória/Record. Ao todo, dez reportagens especiais serão exibidas no programa Fala Manhã, às 07h15, com reprise no Jornal da TV Vitória, às 19h45. Acompanhe!