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Defensores de animais criticam professora acusada de estrangular gatos em Piúma

O caso da bióloga Sônia Flores Rodrigues, professora do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Piúma, região Sul do Estado, acusada de sacrificar quatro filhotes de gatos no último dia 27 de março, tem causado revolta entre os meios de proteção aos animais.  

Em uma carta publicada pela professora em sua página pessoal e uma rede social, Sônia alegou que sacrificou os filhotes por causa da fragilidade deles. Segundo a docente, os felinos apresentavam desidratação e, sem os devidos cuidados maternos, não sobreviveriam.

Para Priscila Siqueira, membro do grupo “Patinhas Carentes”,  projeto unido à Sociedade Protetora dos Animais do Espírito Santo (SOPAES), a atitude da professora não foi correta. “Qualquer membro de proteção aos animais será contra esse tipo de comportamento. Não foi um ato de piedade. Ela deveria ter procurado um médico veterinário, uma pessoa capacitada para promover a eutanásia, e não ter a ação de estrangular os gatos. Isso foi uma maldade”, diz.

Na instituição de ensino em que a professora atua, as opiniões sobre o acontecimento são divergentes. De um lado, alunos de diversos cursos compartilham, em uma rede social, a foto de uma gata próxima a um cartaz escrito ‘Eu não mereço ser estrangulada’, frase que faz alusão à campanha ‘ Eu não mereço ser estuprada’.

Em defesa de Sônia está Marcus Marinho, ex-aluno da bióloga. “Ela é muito tranquila, um amor de pessoa. Sempre ajudava os alunos. Aprendi muito durante as suas aulas. Ela ama os animais. Não consigo nem imaginá-la fazendo isso”, declarou.

A polícia está investigando o caso. Se for comprovado que os gatos foram estrangulados, a professora pode pegar de três meses a um ano de detenção. “Maus tratos aos animais é crime. A lei prevê de três meses a um ano. Esse período pode aumentar até um terço se for constatada a morte de um animal”, afirmou a advogada Bruna Alves.

Segundo a Comissão de Ética do Ifes, foi aberta uma sindicância no campus Piúma para apurar os fatos. A sindicância implicará a tomada de todas as medidas administrativas cabíveis. A instituição ressalta que tem como base os princípios éticos no trato com animais e que se guia pelas recomendações dos conselhos e órgãos pertinentes em sua atuação.

Defensores dos animais no Estado querem cadeia para homem que degolou cachorro
No final de 2013, um estudante universitário foi acusado de degolar o cachorro da ex-namorada.O motivo de tanto de fúria seria o término do relacionamento. A ex-namorada divulgou um vídeo pedindo à população apóio para que o estudante fosse punido.

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