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Segunda vítima de explosão em caldeira é enterrada na Serra

O irmão da vítima contou que ele já havia comentado sobre o medo que tinha do que fazia, mas ao mesmo tempo a paixão pelo trabalho que realizava

O velório aconteceu na noite da última quinta-feira (27) Foto: TV Vitória

O enterro da segunda vítima da explosão de uma caldeira no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória, aconteceu na manhã desta sexta-feira (28) em um cemitério de Carapina, na Serra.

O velório de Rubens Pereira dos Santos, de 45 anos, foi de portas fechadas em uma igreja que fica no bairro Jardim Tropical, na Serra. Dentro do local apenas os familiares permaneceram. Do lado de fora a movimentação de amigos e vizinhos era grande. 

Segundo Romário Pereira dos Santos, irmão da vítima, Rubens já havia comentado com ele sobre o medo que tinha do que fazia, e ao mesmo tempo a paixão pelo trabalho. “O trabalho dele ele fazia com amor”, afirmou o irmão.

Foram mais de 24 horas de espera pela liberação do corpo, já que segundo o Departamento Médico Legal (DML), Rubens teve queimaduras em 100% do corpo. Inicialmente seria feito um exame de DNA para comprovar a identidade da vítima, mas ao longo do dia os médicos conseguiram através das impressões digitais o reconhecimento da vítima. 

O acidente aconteceu na manhã da última quarta-feira (26) em uma caldeira da empresa BR Distribuidora, que fica no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória. Rubens e um colega de trabalho, identificado como Ademilton Florencio Burini, de 32 anos, faziam uma manutenção programada em um tanque de combustível que alimenta a caldeira no momento da explosão. Os dois morreram na hora. 

A fumaça pôde ser vista à distância e foi registrada por moradores. As causas da explosão ainda serão apuradas. O que espera a família de uma das vítimas é que a justiça seja feita. 

"Deus me deu uma segunda chance"

Um sobrevivente da explosão no tanque que alimenta a caldeira de vapor da BR Distribuidora contou, por meio de áudio em um aplicativo de celular, os momentos de pânico e medo dentro do local após ver a bola de fogo que se formou.“Foi a caldeira de vapor da BR Distribuidora, eu estava no tanque ao lado, número 602. Pode ter certeza que Deus me deu outra chance, porque a bola de fogo veio em cima de mim”, falou o rapaz. 

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