Casal fica ferido e 40 famílias são desalojadas após deslizamento de pedras em Mimoso do Sul
O desligamento ocorreu durante a madrugada desta quarta-feira (14) e o barulho assustou os moradores da região. Pelo menos 40 famílias de dois bairros tiveram que deixar suas casas
Um deslizamento de pedras em Mimoso do Sul deixou um casal ferido, pelo menos 40 famílias fora de casa e um posto de saúde, recém reformado, completamente destruído na madrugada desta quarta-feira (14). A Defesa Civil do município está no local avaliando os danos.
De acordo com o coordenador Franciney Mathias de Oliveira, as pedras entre os bairros Vila da Penha e Mangueira se deslocaram por volta das 3h30, assustando os moradores com o barulho. “Foi um deslocamento maciço de pedras, que avariou parcialmente pelo menos 10 casas e destruiu completamente o posto de saúde. Podia ter acontecido uma tragédia maior, pois era de madrugada e chovia no momento”, comenta.
Um casal de uma das residências atingidas sofreu ferimentos leves e foi encaminhado ao Hospital Apóstolo Pedro. “As vítimas estavam dormindo e acordam com o barulho. Nesse momento, a situação está estável e ainda temos riscos de novos deslizamentos, e por enquanto, pelo menos 40 famílias tiveram que deixar suas casas”, continua o coordenador.
Assistentes sociais da Prefeitura de Mimoso estão fazendo acompanhamento dessas famílias. O laudo definitivo da situação ficará pronto no fim do dia. “Se não tiver condições dessas famílias retornarem para suas casas, elas receberão R$ 600 da Ação Social para pagar o aluguel. Mas, o problema que temos é que a cidade não disponibiliza essa quantidade de casas para alugar. Então, vamos aguardar o laudo para definir se elas vão para casas de parentes ou para um colégio, que será disponibilizado pela prefeitura, até que a situação seja resolvida”, explica Franciney.
O Corpo de Bombeiros esteve no local e a geóloga Cristiane Tinoco está no local. “Ela nos explicou que esse é um processo natural. Bate sol na pedra, depois chove e ela acaba apresentando rachaduras, que infiltram a água, e com o tempo ocorre o deslizamento. Essa área vinha sendo monitorada, mas não há como prever. Tínhamos uma obra licitada para esse trecho, mas agora teremos que estudar o que será feito”, completa o coordenador.