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Mais de mil casos de caxumba são registrados em nove meses em Vitória

Desde julho do ano passado, Vitória começou a monitorar todos os casos de caxumba registrados no município e criou uma ficha de notificação para os serviços de saúde

Uma das principais características da doença é o inchaço  Foto: R7

Desde julho do ano passado, Vitória começou a monitorar todos os casos de caxumba registrados no município e criou uma ficha de notificação para os serviços de saúde. Neste período, somente nas unidades de saúde e pronto-atendimentos da rede municipal, foram registradas 1.109 notificações, entre surtos e casos isolados. A medida foi tomada mesmo não sendo uma doença de notificação obrigatória do Ministério da Saúde, o que acontece somente em caso de surtos

Para evitar que o vírus da caxumba seja disseminado, a Secretaria Municipal de Saúde da capital (Semus), por meio da Vigilância Epidemiológica, enviou uma nota técnica para as instituições de ensino públicas e particulares com orientações de procedimento. Nesses locais, os casos da doença podem aumentar, por conta da aglomeração.

De acordo com a referência técnica da caxumba em Vitória, Luciene Rossati, é importante manter o cartão de vacinação em dia. "A vacina é a principal medida de proteção e está disponível em 28 unidades básicas de saúde", destaca.

Segundo ela, já foram enviadas notas técnicas para o Sindicato das Escolas Particulares do Espírito Santo (Sinepe-ES), assim como para a Secretaria Municipal de Educação (Seme), orientando como proceder em casos suspeitos de caxumba nas instituições.

"Em caso suspeito de contato com pessoas com diagnóstico de caxumba nas escolas, os pais devem levar o cartão de vacinação da criança ou do adolescente na unidade de saúde do seu território para verificar a situação vacinal, já que a vacina é seletiva (ver quadro abaixo). Outra orientação é afastar os doentes por 10 dias para evitar disseminação do vírus".

Vacinação

O Calendário Nacional de Vacinação indica duas doses da vacina Tríplice viral (que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola) para pessoas de 1 a 29 anos de idade, sendo a primeira dose administrada aos 12 meses e a segunda, aos 15 meses de idade com a tetra viral. Esse calendário também indica uma dose de tríplice viral para homens e mulheres de 30 a 49 anos para quem não tomou nenhuma dose ou sem comprovação da vacina.

Já a Tetra viral, que protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, é indicada para completar o esquema de vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola, com uma dose aos 15 meses de idade, em crianças já vacinadas com a primeira dose da tríplice viral. Dessa forma, a vacina tetra viral corresponde à segunda dose da tríplice viral e a uma dose da vacina varicela.

A doença

A caxumba é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus, tendo como principal característica a presença de uma parotidite (inflamação de glândulas salivares).

30 a 40% dos indivíduos infectados apresentam uma infecção inaparente (sem sintomas) e constitui importante papel na disseminação da doença.

os sintomas são geralmente: febre, dor de cabeça, dor muscular, perda de apetite, edema e aumento de sensibilidade na parótida em um dos lados ou nos dois lados.

o período de incubação é de 12 a 25 dias. A transmissão se dá pelo contato direto com uma pessoa infectada por meio das gotículas de secreção da orofaringe. Há uma tendência à manifestação epidêmica em escolas e instituições onde há agrupamento de adolescentes e adultos.

o período de transmissão estende-se de 2 dias antes do início da parotidite até 5 dias após esta data.

os casos individuais de caxumba não são de notificação compulsória. Surtos de caxumba em instituições fechadas, empresas e escolas são de notificação compulsória e deverão ser notificados à Vigilância Epidemiológica.

As informações são da Prefeitura de Vitória.

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