Polícia

Polícia descarta participação de terceira pessoa na morte de soldado do BME em Cariacica

Após investigações, a participação de uma terceira pessoa foi descartada; Os suspeitos do crime são um adolescente de 17 anos e Iaclison Cajazeira de Almeida, de 25 anos

O soldado Dayclom integrava o BME há três anos Foto: Divulgação

A polícia descartou, na manhã desta terça-feira (09), a participação de uma terceira pessoa na morte do soldado do BME Dayclom Nascimento Feu, de 28 anos, na noite do último sábado (06), no bairro Padre Gabriel, em Cariacica.

Os dois suspeitos do crime são Iaclison Cajazeira de Almeida, de 25 anos, e um adolescente de 17 anos. O menor foi apreendido na manhã da última segunda-feira (08), no bairro Alzira Ramos, em Cariacica. Ele confessou participação no crime e chorou ao chegar à Delegacia de Crimes Contra a Vida de Cariacica.

Já Iaclison, que foi baleado durante a troca de tiros com os militares, permanece internado no hospital São Lucas, em Vitória, sob escolta da polícia. Ele também confessou participação no crime. 

As armas usadas pelos suspeitos, uma pistola 9 mm e uma pistola calibre 380, já foram apreendidas. De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Marcelo Cavalcanti, o adolescente foi autuado por homicídio e tripla tentativa de homicídio e Iaclison será autuado por homicídio e tripla tentativa de homicídio, além de corrupção de menor. “O menor confessou ter participado do crime. No dia do ocorrido ele chegou em casa apavorado e comentou com a mãe que teria cometido uma besteira ao entrar em confronto com a polícia”, disse o delegado. 

Entenda o caso

O soldado do BME Dayclom Nascimento Feu, de 28 anos, foi morto com um tiro na cabeça, na noite do último sábado (06), no bairro Padre Gabriel, em Cariacica. Segundo colegas de trabalho, o soldado do BME morreu na Rua Chico Mendes, que cruza com a avenida principal do bairro.

De acordo com os policiais que estavam na ocorrência, uma viatura do Batalhão de Missões Especiais (BME) parou em uma esquina. Assim que os PMs avistaram dois rapazes em atitude suspeita, desceram para fazer a abordagem. Foi aí que os criminosos atiraram. Os policiais, então, revidaram. O policial que foi atingido foi o único que não havia saído do carro. Dayclom foi atingido com um tiro na cabeça.

O policial chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital particular de Cariacica, onde foi submetido a uma cirurgia, mas não resistiu e morreu.

O suspeito baleado, identificado como Iaclison Cajazeira de Almeida, foi socorrido e encaminhado para o Hospital São Lucas, em Vitória. O corpo do policial foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Vitória, e a família fez o reconhecimento na manhã de domingo (07). O policial Dayclom estava na corporação desde 2009 e integrava o BME há três anos.

Recompensa

A Associação de Cabos e Soldados anunciou que uma recompensa no valor de R$ 5 mil seria entregue a quem denunciasse os suspeitos do crime. De acordo com a Associação, o denunciante que informou sobre o paradeiro do menor apreendido na última segunda-feira (08), ainda não fez o requerimento da recompensa. 

Ocupação

Desde a noite do crime, policiais ocuparam o bairro à procura dos suspeitos. Na madrugada de segunda-feira (08), pelo menos seis viaturas do Batalhão de Missões Especiais (BME) fizeram buscas e patrulhamentos no bairro.

O soldado foi enterrado no cemitério Santo Antônio Foto: TV Vitória

Velório e enterro

O velório de Dayclom Nascimento foi realizado na sede do Batalhão de Missões Especiais (BME), em Maruípe, Vitória. Dezenas de policias passaram no local para prestar homenagem ao policial e amparar os familiares e amigos. 

O cortejo do corpo do soldado saiu da sede do BME por volta da 9 horas de segunda-feira (08). O caixão foi transportado por um viatura do Corpo de Bombeiros e foi seguido por carros e motos da Polícia Militar pelas ruas de Vitória.

Ainda na segunda-feira (08), foi realizado o enterro do policial, no Cemitério de Santo Antônio, na Capital. Uma multidão acompanhou a cerimônia que teve homenagens a Dayclom e pedidos de justiça.

O governador Renato Casagrande também esteve no cemitério. Ele decretou luto de três dias por causa da morte do rapaz. 

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