Polícia

Apesar de repercussão, homem que matou cavalo não deve ficar preso

Segundo a Polícia Civil do município, o homem que aparece atirando na égua foi identificado como Luiz José de Souza Junior, agricultor, de 31 anos. Ele foi ouvido e liberado do DPJ

O vídeo que teve grande repercussão na internet, nesta sexta-feira (14), aconteceu em maio Foto: Reprodução

Os dois suspeitos de terem participado da morte de uma égua e que teve o vídeo com grande repercussão na internet, foram identificados, ouvidos e liberados pela polícia do município de Ecoporanga, no Norte do Espírito Santo.

Segundo a Polícia Civil do município, o homem que aparece atirando na égua foi identificado como Luiz José de Souza Junior, um agricultor da região, de 31 anos. Já quem filmou seria o comerciante Lucas Fianco Machado, de 19 anos. O vídeo teria sido gravado em maio deste ano.

Ainda de acordo com a polícia, em depoimento, os suspeitos disseram que o animal era portador de uma doença e que precisava ser sacrificado. A arma que teria sido usada pelo agricultor é registrada e foi apreendida nesta sexta-feira (14) pela polícia de Ecoporanga. A espingarda será encaminhada para Vitória onde será realizada uma perícia.

De acordo com o agente de polícia que acompanhou a ocorrência, Vitor Luiz Barbosa, os indivíduos não ficaram na prisão porque não existe nenhuma denúncia formal contra os suspeitos.

"O fato aconteceu em maio e os indivíduos já foram ouvidos e identificados. Só que não houve nenhuma denúncia formal contra os suspeitos. A vítima desse crime não é só o cavalo, mas também a sociedade", afirma.

O vídeo teve milhares de acessos e compartilhamentos na internet. Nas imagens, Luiz ameaça alguns contatos de um aplicativo no celular, em seguida, atira com uma espingarda na cabeça da égua. Luiz demonstra frieza ao executar o animal que cai no chão ao receber o tiro na cabeça.

Segundo informações de moradores da cidade, a família do acusado estaria com medo e sofrendo represálias.

O crime de maus tratos previsto em lei prevê a prisão de três meses a um ano, além do pagamento de uma multa, que pode variar de um a seis salários mínimos. A pena ainda pode ser aumentada de um sexto a um terço, já que ocorreu a morte do animal.

A equipe de reportagem do jornal online Folha Vitória entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para saber se o órgão poderia entrar com denúncia sobre o caso, porém, até o fechamento desta reportagem não obtivemos resposta.

Veja o vídeo:

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