Polícia

Acusada de racismo em ônibus do Transcol é presa em Vitória

Os insultos tiveram início quando o coletivo ainda estava no Terminal de Vila Velha. A suspeita foi detida após um lanche em um shopping da capital capixaba

A mulher já tem outras passagens pela Justiça, inclusive por crime de injúria racial Foto: Reprodução/TV Vitória

Uma mulher foi presa suspeita de injúria racial, dentro de um ônibus do sistema Transcol. Ângela Maria de Jesus, de 47 anos, já tinha passagem pela Justiça pelo mesmo crime e, como não pagou fiança, foi encaminhada para o presídio.

O primeiro caso teria sido registrado quando o coletivo ainda estava no Terminal de Vila Velha, e quando o ônibus passava em frente a shopping na capital, a suspeita teve outro ataque de intolerância racial.

“Ela pegou e levantou. Disse que não ficava perto de preto, porque preto fedia, preto não era gente. Ela cuspiu no chão e disse que não queria respirar o mesmo ar que as meninas. Todo mundo ficou muito indignado e constrangido com a situação”, relata o consultor de vendas Yago Santana.

Câmeras de segurança registraram o momento em que a mulher foi detida, depois de lanchar na praça de alimentação do centro de compras, localizado no bairro Enseada do Suá, em Vitória.

Policiais contaram com apoio da equipe de segurança do estabelecimento para prender Ângela. De acordo com a polícia, a mulher é suspeita de discriminar duas técnicas de segurança do trabalho em um dos ônibus do Transcol, que seguia o itinerário do Terminal de Vila Velha para o de Carapina, na Serra.

Uma das passageiras agredidas contou que, em um primeiro momento, ela e uma amiga acharam que tudo não passava de uma brincadeira. “A gente estava levando tudo numa boa, só que o tempo foi passando e ela continuou falando. Quando chegou na subida da ponte, a gente acionou o Ciodes porque ficamos incomodadas com todo mundo olhando para nossa cara e ninguém fazendo nada”, conta uma das vítimas Renata dos Santos Souza.

Do shopping, Renata e a outra técnica em segurança do trabalho foram levadas até a delegacia. No Departamento de Polícia Judiciária (DPJ), a polícia constatou que Ângela tem várias passagens pela Justiça, inclusive por injúria. “Ela inventou tudo. Eu só queria trocar de lugar”, disse a suspeita.

A mulher voltou a ser autuada por esse tipo de crime e, como não pagou a fiança, estipulada em R$ 270, foi levada para o presídio.

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