Polícia

Cartomante é presa acusada de tentar vender celular falso para delegado em Vitória

Um estudante de 20 anos também afirma ter caído no suposto golpe. O jovem diz ter planejado comprar um celular semi-novo e encontrou o smartphone em um site. O rapaz gastou R$ 2 mil

O celular custa, na loja, cerca de R$ 3 mil Foto: TV Vitória

Uma cartomante suspeita de vender celulares falsos pela internet foi presa, em Vitória. De acordo com a polícia, o suposto golpe foi descoberto após a acusada, identificada como Lira Nicoliche, tentar vender um aparelho para um delegado.

Um estudante de 20 anos afirma ter caído no suposto golpe. O jovem diz ter planejado comprar um celular. Na loja, o aparelho novo custa aproximadamente R$ 3 mil. A vítima resolveu, então, comprar um aparelho semi-novo e encontrou o smartphone em um site de compra e venda, o que pensou ser uma boa oportunidade.

Horas depois, o estudante percebeu que havia caído em um golpe. O celular não era original. “Eu entrei em contato com ela, para a gente fazer o negócio. Ele falou que estava a R$ 2.150. Eu perguntei se tinha como baixar o preço, se eu pagasse à vista, e ela disse que tinha como fazer por R$ 2 mil. Ela falou que tinha garantia, nota fiscal e que estava tudo certo, mas não era verdade”, diz o estudante, que preferiu não se identificar.

Posteriormente, o jovem tentou entrar em contato com a mulher que lhe vendeu o aparelho, mas não conseguiu. A vítima diz que a suspeita não atendia o telefone e havia retirado o anúncio da internet.

Suspeita responderá em liberdade Foto: Divulgação/PC

De acordo com a polícia, o estudante não foi a única pessoa que comprou celular da mulher naquele dia. Horas antes, Lira teria vendido outro celular. Desta vez, a vítima foi um delegado plantonista da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado percebeu que caiu em um golpe e trouxe a mulher para delegacia para prestar esclarecimentos.

A polícia acredita que outras pessoas tenham sido vítimas da acusada de estelionato. “De dezembro do ano passado a janeiro, um casal com a semelhança dela e do marido fizeram aproximadamente dez vítimas”, afirma o delegado que acompanha o caso José Lopes.

Durante a investigação, a polícia descobriu que Lira atua como cartomante. “Eu a perguntei, já que ela lê mão, traz o marido em cinco dias, joga búzios, faz tudo, mas não previu que a gente fosse prendê-la? Ela não disse nada e ficou por isso mesmo”, completa Lopes.

Lira Nicoliche foi autuada em flagrante pelo crime de estelionato. A mulher pagou fiança de R$ 2.150, estipulada pelo juiz, e responderá o processo em liberdade.

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