Polícia

“Hoje eu tenho nojo dele”, diz mãe de criança morta após estupro e tortura

Ela afirmou que já estava planejando a separação e espera que ele pague pelo que fez. A menina chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu as agressões

A mãe da menina diz que espera punição para o suspeito Foto: TV Vitória

A mãe de Fabiane Isadora Claudino, de apenas dois anos, que morreu após ser estuprada e torturada, contou que estava planejando se separar do suspeito. Michael Lelis, de 28 anos, estava casado com Maria Izabel, de 22 anos, há dois anos. Ele é apontado pela policial como o principal suspeito de cometer o crime. 

Em entrevista à TV Vitória, a jovem contou que as agressões começaram depois que ela começou a trabalhar. Mas em outras ocasiões ela e a filha já foram agredidas. “Dois meses atrás eu tive uma briga com ele que eu saí de casa. Ele jogou a Isadora e me jogou, como se através dela ele me afetasse. Eu me abri com a minha irmã e falei que quando eu recebesse eu ia saí dali, mas ele não podia ficar sabendo, porque eu precisava dele até o mês seguinte”, relatou.

O amor que alimentou a relação se transformou em outro sentimento. “Hoje eu tenho nojo dele. Eu não quero ver na minha frente. Eu espero que ele pague, porque eu estou pagando pelo erro de continuar com ele. Eu não tenho mais minha filha aqui, minhas lágrimas não vão traze-la de volta, estou sem forças para olhar para as minhas outras filhas e falar que ela não vai voltar. Estou sem forças, não sei como falar”, disse. 

Izabel também disse que tem sofrido com vários julgamentos. “O que estou sofrendo, além da morte da minha filha, é ver todas essas reportagens, todas essas coisas como se eu fosse culpada da morte da minha filha. Eu não a vi ontem. Não me deixaram ver. Falaram que ela estava num quadro grave, mas eu não podia dar um último abraço, último beijo”, contou. 

Foto: TV Vitória

Foragido 

Na manhã deste sábado (20), a polícia divulgou a foto de Michael para que a população ajude nas buscas. Segundo o delegado responsável pelo caso, Lorenzo Pazolini, nos laudos médicos constam que a criança sofreu traumatismo craniano. Além disso, apresentava vários hematomas pelo corpo, inclusive, marcas de mordidas. No departamento médico legal, foi constatada violência sexual. A menina também estava com várias fraturas no braço direito e alguns órgãos internos dilacerados.

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