Polícia

Universitário baleado em Vila Velha fica cego do olho direito

Edson José Domingos Neto, de 22 anos, recebeu alta médica, na manhã desta segunda-feira, após duas noites no hospital. Suspeito ainda não foi localizado

Edson recebeu alta na manhã desta segunda-feira Foto: TV Vitória

O universitário de 22 anos que foi baleado no olho após uma discussão de trânsito, em Vila Velha, no último sábado (13), já está em casa. Edson José Domingos Neto recebeu alta médica, na manhã desta segunda-feira (15), após duas noites no hospital.

A mãe do rapaz, a técnica enfermagem Sônia Alves de Souza Castro, afirmou que Edson não enxergará mais do olho direito. "Ainda não deu tempo de nós dois sentarmos e eu explicar direitinho a ele o que vai acontecer. Mas não tem mais [visão]. Agora temos que cuidar dele para não dar infecção e cuidar do outro [olho] que está bom", disse.

O universitário ainda reclama de dores no local, mas lembra com clareza o acontecimento de sábado à tarde, que culminou no tiro que o feriu. Edson estava de moto com o irmão.

"Subindo na reta que vai para Cobi de Baixo tem um viaduto. Quando a gente estava curvando o viaduto, veio esse Corolla preto em alta velocidade e jogou a gente para o lado direito. Ele foi seguindo nosso percurso e, como o sinal estava fechado, ele parou nesse sinal e a gente também. Ele abriu a janela e começou a discussão. Quando o sinal abriu, ele botou a arma para fora, deu um tiro e saiu. Foi quando eu vi que tinha me atingido", contou.

O irmão da vítima, Derick Castro Domingos, foi atingido de raspão na barriga, mas não precisou ir para o hospital. Segundo Edson, após atirar o motorista fugiu e foi seu irmão quem o socorreu.

Investigação

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha. Edson, que afirma nunca ter visto uma arma antes, não entende como um desentendimento de trânsito pode chegar a esse desfecho.

"Quero que a justiça seja feita e que a polícia prenda ele. Porque se ele fez isso comigo, pode fazer com outra pessoa e, pior, tirar a vida dessa pessoa", afirmou.

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