Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES
Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES

Durante o terceiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 30), o governo do Espírito Santo anunciou a concessão do primeiro Selo Descarboniza-ES, que foi entregue à Marca Ambiental.

A certificação passa pelo crivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), e integra o Plano Estadual de Descarbonização (NetZeroES 2050), que pretende evidenciar empresas que investem em transições energéticos, para diminuir a emissão de carbono.

De acordo com a Seama, a Marca Ambiental foi escolhida por conta de um histórico de investimentos em tecnologias para promover o gerenciamento integrado de resíduos, além de soluções em redução de emissões de carbono.

O selo, de acordo com a secretaria, ainda será incorporado como critério para concessão de benefícios governamentais, o que inclui incentivos fiscais e linhas de crédito baseadas em performance ESG.

Competitividade em mercado de carbono

O governo estadual afirma que um dos objetivos do selo é propiciar um ambiente de competitividade em relação ao mercado de carbono.

A iniciativa é destinada a empresas que tenham planos de redução de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para obter é preciso que as companhias atendam a critérios como apresentar um inventário detalhado de suas emissões, além de protocolar um plano de descarbonização válido.

Este plano precisa comprovar a redução, ou pelo menos, a compensação de 5% das emissões dentro do Espírito Santo. O selo Descarboniza-ES tem validade de um ano e é renovável.

Além disso, há também um pilar de transparência regulatória. As informações sobre inventários e redução precisam estar disponíveis em um Registro Eletrônico Público para que os dados sejam verificados.

Geração de energia renovável

A Marca Ambiental recebeu o selo por avanços em projetos para a geração de energia renovável a partir de resíduo no Espírito Santo.

Atualmente, a empresa investe em uma usina de biometano, que tem início de operação previsto para o início de 2026, com investimento de R$ 70 milhões.

Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES

A empresa capta cerca de 50.000 m³/dia de biogás, com metade sendo direcionada para uma Usina Termelétrica, com potência instalada de 5 MW, comercializando energia limpa por geração distribuída desde 2020.

De acordo com o diretor institucional da empresa, Gustavo Ribeiro, o selo representa a valorização do trabalho da Marca Ambiental. Ele avalia que medidas de conservação são urgentes, inclusive para a geração de empregos.

“A conversa climática mudou. Não é apenas proteção ambiental, é um novo modelo de desenvolvimento, de emprego e de competitividade. A mensagem é que enfrentar a mudança do clima é possível e pode gerar emprego e renda”, afirmou.

Guilherme Lage, repórter do Folha Vitória
Guilherme Lage

Repórter

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.