
Livro reúne e explica leis sobre autismo
Quem determina a acessibilidade de um local é o próprio usuário do aplicativo, através de avaliação
Imagine a seguinte situação: você se arruma para sair, e ao chegar ao local, não consegue entrar. E por que você não consegue entrar? Porque aquele lugar não foi projetado para te receber.
Chato, né? Pois é isso que pessoas com deficiência enfrentam com frequência. O administrador Bruno Mahfuz nem sempre se atentou para essa questão. Tudo mudou em 2001, quando sofreu um acidente de carro e se tornou cadeirante.
Corta para 2016, quando criou a empresa Guia de Rodas. Segundo Bruno, mais diversidade e inclusão podem trazer mais clientes para uma empresa, o que significa mais lucro. O sistema de certificação da empresa, que capacita outros empreendedores em acessibilidade, passa por três eixos:
Ambiente – indicação de soluções baratas e efetivas para melhorar a acessibilidade do negócio;
Governança – falar com os líderes para mostrar que a empresa está disposta a lidar com a acessibilidade;
funcionários – quando as pessoas aprendem a lidar com a diversidade humana.
O aplicativo pode ser baixado na loja de apps do seu celular. Abaixo, nosso papo sobre o aplicativo.
1 – Como surgiu a ideia do aplicativo Guiaderodas?
A ideia do app Guiaderodas surgiu da experiência de cadeirante do Bruno Mahfuz, fundador da empresa. O Bruno teve um acidente automobilístico em 2001 e coleciona diversas experiências advindas da falta de acessibilidade.
2 – Como ele é alimentado?
Por crowdsourcing. Os próprios usuários são avaliadores no app Guiaderodas e contribuem com dados baseados em suas experiências, observações, ou conhecimentos.
3 – Como o universo digital pode contribuir para a acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência?
Mary Pat Radabaugh, antiga diretora do Centro Nacional de Apoio para Pessoas com Deficiência da IBM, nos Estados Unidos, disse “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.”
Sem sombra de dúvidas, a tecnologia é a maior promotora da acessibilidade e da inclusão para pessoas com habilidades diversas. Alguns exemplos: alto-falantes inteligentes, softwares com leitores de tela ou sintetizador de voz, design inclusivo de websites e aplicativos, plataformas de e-learning e ferramentas de comunicação.
4 – O Espírito Santo está contemplado no app?
Sim! Todos os locais do planeta que estejam cadastrados no Google Places estão passíveis de avaliação.
5 – Alguma mensagem para quem deseja desenvolver uma ideia como essa?
Acessibilidade diz respeito a toda sociedade e é assunto fundamental para que o mundo seja um local melhor. Todas as iniciativas são muito bem vindas!
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória