Fev 2024
22
Feapaes-ES
VOZ DA INCLUSÃO

porFeapaes-ES

Fev 2024
22
Feapaes-ES
VOZ DA INCLUSÃO

porFeapaes-ES

Conheça o estudo

Os filmes da famosa franquia Avatar, dirigidos pelo renomado James Cameron, não só fazem sucesso nas telonas, mas também inspiram avanços em diversas áreas. A técnica de análise de movimento utilizada nos filmes tem chamado a atenção não apenas dos cinéfilos, mas também dos pesquisadores. Letícia Paes Silva, mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação (PPGCR) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da Universidade Federal de Minas Gerais, encontrou na tecnologia empregada nos filmes um caminho para sua pesquisa sobre controle postural em crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA).

O Sistema de Análise do Movimento Tridimensional, utilizado pela pesquisa, permite aos pesquisadores capturar e analisar o movimento humano em três dimensões, fornecendo informações precisas sobre sua cinemática e cinética. Letícia explica que esse sistema envolve a colocação de marcadores reflexivos em pontos anatômicos específicos do corpo, como articulações e segmentos corporais, que são então rastreados por câmeras infravermelhas. Estas capturam imagens dos marcadores em diferentes posições ao longo do tempo, sendo processadas por softwares especializados que determinam a posição tridimensional de cada marcador em relação ao espaço.

A pesquisa, conduzida pelo Laboratório de Análise de Movimento (LAM) da EEFFTO em colaboração com o Laboratório de Análise do Movimento Humano e Processamento de Sinais (Lamps) da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (FCE/UnB), sob orientação do professor Sérgio Teixeira da Fonseca e coorientação da professora Clarissa Cardoso, visa fornecer insights valiosos sobre os desafios motores enfrentados por crianças com TEA. Além de Letícia, participam da pesquisa as estudantes Priscila Albuquerque, Mariana Aquino, Ana Carla Moreira Lara, Maria Rita Gonçalves Tavares, Júlia Beatriz Palma Nunes e a pesquisadora Liria Okai Nóbrega.

Letícia, fisioterapeuta formada pela UFMG com especialização em Reabilitação Infantil pela Associação Mineira de Reabilitação, destaca a importância de compreender não apenas a postura das crianças quando estão em pé, mas também quando estão sentadas. Essa análise é crucial devido ao tempo significativo que as crianças passam sentadas, especialmente em ambientes escolares, podendo impactar o desenvolvimento de suas habilidades motoras.

O estudo de Letícia representa uma abordagem inovadora e promissora para entender e abordar as necessidades motoras específicas de crianças com TEA, oferecendo potencial para identificação precoce de dificuldades, monitoramento do progresso e avaliação da eficácia das intervenções.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas