
Na Escola Monteiro, nove alunos conquistaram vagas em cursos dos Institutos Federais do Espírito Santo e da Bahia, em áreas como Biotecnologia, Mecânica, Meio Ambiente, Estradas, Administração, entre outros. Para esses estudantes, fatores como apoio emocional, suporte na rotina de estudos e qualidade dos professores foram fundamentais para que atingissem o objetivo.
Do 1º ao 9 º ano do ensino fundamental, Miguel Perpétuo de Melo, hoje com 15 anos, esteve entre os alunos da Escola Monteiro. Agora, ele se prepara para viver em 2026 um novo sonho: cursar o ensino médio associado ao curso técnico de Biotecnologia, no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).
Um dos nove estudantes do 9º ano da escola aprovados este ano em institutos federais, Miguel acredita que o caminho que se abre neste momento é resultado da jornada traçada ao longo dos nove anos vividos na Monteiro.
Além dele, a lista de estudantes da escola aprovados inclui Benício Antunes Zeferino, Bento Gama Campos, Bernardo Spinassé Portugal, Helena Benincá Stein, Igor Azevedo Vasconcellos, Olivia Silveira Tebaldi e Vicenzo Antônio Leite Tedesco.
“Uma aprovação não vem da noite para o dia. Não tem como falar desse resultado no Ifes sem falar da Monteiro. Toda a base da minha formação como estudante e como pessoa vem desta escola. A Monteiro é diferenciada e eu sempre tive todo o apoio e suporte para me desenvolver. Nela, professores e estudantes são amigos com quem você pode contar. E esse clima e essa abertura fazem toda a diferença para um bom resultado escolar”, ressalta Miguel.
Os pais dele, Valdete e Welington, concordam com o filho. “Antes mesmo do Miguel nascer, a Monteiro já fazia parte dos nossos planos. Tínhamos pessoas próximas que estudavam lá e sempre gostamos do comportamento dessas crianças, com resultados que iam muito além do aprendizado acadêmico. Quando chegou o momento da escolha, a creche onde o Miguel estudava também nos indicou a Monteiro. Foi como um sinal, e não tivemos dúvidas: sabíamos que era o lugar certo para o nosso filho”, relembra Valdete.
Proximidade e presença
Ela e o marido também afirmam que toda a base conquistada pelo filho – intelectual, emocional e social — foi construída no dia a dia da escola. “E essa base foi essencial para que ele fosse aprovado em um dos cursos mais concorridos do Ifes, Biotecnologia”, considera.
Valdete ressalta que a escola esteve presente em todas as etapas importantes da vida de Miguel, inclusive ajudando a família a compreender com mais leveza as transformações da adolescência. “Meu filho sempre foi ouvido na Monteiro, e isso fez toda a diferença: ele cresceu confiante, autônomo e com um olhar sensível para o mundo. A escola traz, por exemplo, de forma lúdica e leve, a arte e a música para a vida das crianças e adolescentes, respeitando e provocando a criatividade delas e, ao mesmo tempo, deixando que percebam que são capazes de tantas coisas”, diz.

Miguel reforça ainda que, na Monteiro, ninguém fica sem ajuda. “Professores, coordenadores e colegas são disponíveis e isso é uma cultura da escola. Se eu precisar da ajuda do diretor da escola, sei que ele vai me ouvir. Não existe distância, fazemos parte de uma comunidade”, garante.
Quem pensa da mesma forma é o aluno Bento Gama, aprovado para o curso de Edificações. “As pessoas são o que a Monteiro tem de mais precioso. Elas fazem a diferença para que a gente se sinta bem e estimulado. Há objetivos comuns, há uma conexão muito forte e uma interação que são grandes diferenciais”, opina.
Vicenzo Antônio Leite Tedesco, 15 anos, outro aluno aprovado em Biotecnologia no Ifes, também acha que a forma de ensinar e de conduzir o aprendizado na Monteiro contribuiu para seu sucesso. “Se eu me importo com o meu futuro, se tenho motivação para estudar e busco atingir meus objetivos, é muito pelo trabalho feito no dia a dia da Monteiro”, afirma.
O acolhimento e a humanização, para ele, são outros pontos fortes que ganham a rotina escolar, e não ficam só no discurso e no slogan. “Um ambiente acolhedor nos ajuda a ter mais foco e estabelecer objetivos com tranquilidade”, acredita.
Apoio ao Alto Rendimento
O apoio personalizado conectado às aspirações de cada aluno e o suporte pedagógico oferecido por meio, por exemplo, do Programa de Alto Rendimento, são apontados como diferenciais.
Benício Antunes Zeferino, aprovado em 1º lugar para o curso de Meio Ambiente no Instituto Federal da Bahia, afirma que a escola foi crucial para o seu resultado. “As revisões, os exercícios, a disponibilidade dos professores para acompanhar e tirar dúvidas, o apoio da escola para construir minha própria rotina de estudos… Tudo isso ajudou muito”, acredita.

A mãe e o pai de Benício, Zulmira e Wagner Zeferino, lembram que o filho entrou na Monteiro no 4º ano do ensino fundamental. “Temos outra filha que também fez o fundamental II e o ensino médio na Monteiro, mas nós dois somos da área da educação e tivemos experiências em outras instituições. Desse lugar, posso garantir que a Monteiro é diferenciada. A proposta pedagógica; a riqueza das atividades extracurriculares; a qualidade, a atenção e o carisma de professores, coordenadores e diretores. Não é em qualquer escola que o próprio “dono” recebe os alunos às 7h da manhã na porta, cumprimentando a todos com um caloroso bom dia. Tudo isso impacta diretamente no aprendizado”, considera Zulmira.
Para ela, a jornada de ensino e aprendizagem de Benício na Monteiro foi além do desenvolvimento das disciplinas curriculares, sendo enriquecida por experiências marcantes e significativas. “Ele construiu amizades duradouras e explorou talentos na arte, nos esportes e na cultura”, sentencia.
Aprender, e não só decorar
O aluno Igor Azevedo, aprovado para o curso de Mecânica, por sua vez, lembra que, diante das questões da prova do Ifes, que diria se ele seria ou não aprovado, pensou: “eu sei esse conteúdo. Posso não ter decorado, posso ter esquecido uma coisa ou outra, mas eu, de fato, entendi e aprendi. E pensar dessa forma me ajudou a ter segurança para buscar as respostas até para questões que eu não sabia de cara. Afinal, o conteúdo todo havia sido dado, e bem dado”, ressalta, apontando ainda o suporte emocional e a disponibilidade da escola e de sua equipe pedagógica como outros diferenciais.

João Leandro Bravim, 14 anos, aprovado para Estradas, viveu toda a sua trajetória escolar na Monteiro, e também garante não conseguir dissociar sua conquista da jornada vivida na instituição. “Na Monteiro, eles permitem que a gente seja protagonista do nosso aprendizado, mas caminham junto, incentivando, apoiando e reconhecendo”, diz.
Ao contrário de João, que estudou na Monteiro do 1º ao 9º ano, Olívia Silveira Tebaldi foi aluna da escola apenas no último ano do ensino fundamental II. Mas tanto ela quanto a mãe, Laura Ribeiro da Silveira, afirmam ter encontrado na Monteiro o suporte que buscavam.
“Olívia passou para o curso de Administração do Ifes e não chegou a fazer nenhum cursinho preparatório. Ela tem uma base construída em outras escolas, mas, sem dúvida, esse último ano também contribuiu neste amadurecimento. Ela já tem uma carreira como pianista e a Monteiro é uma escola que tem essa compreensão da importância de uma formação ampla, que valoriza a arte e as escolhas de cada um”, aponta Laura. Para a diretora pedagógica da Monteiro, Penha Tótola, educadora com experiência de mais de 30 anos na área, o processo de ensino-aprendizagem que realmente leva a bons resultados acadêmicos é uma construção. “Pensamos a formação como um todo, levando em conta as dimensões que compõem um indivíduo. E isso se desdobra, no dia a dia, em projetos específicos como o de acompanhamento de alunos de alto rendimento por meio do qual o aluno é valorizado, reconhecido e estimulado em suas potencialidades e interesses. É um suporte e, ao mesmo tempo, um estímulo para quem quer ir além. Ao mesmo tempo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação fala no desenvolvimento de competências e habilidades. Ou seja, atributos como criatividade, pensamento crítico, capacidade de interrelacionar conhecimentos, lógica, autonomia são importantes na formação e também contribuem para resultados acadêmicos positivos”, afirma.