Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Os animais de estimação têm conquistado cada vez mais corações e ganhado espaço no dia a dia das famílias brasileiras. Os pets podem trazer conforto, auxiliar em atividades diárias ou até mesmo curar.

Isso quem prova é o projeto Service Dog Capixaba, da adestradora de cães Danny Soares Serafim, de 30 anos. O projeto leva cachorros treinados a pessoas em situações de vulnerabilidade, como hospitais, casas de repouso e no apoio a crianças autistas.

Danny conta que o Service Dog Capixaba já existe há cinco anos e já atendeu 2 mil pessoas no Estado. Ela conta que o trabalho de terapia e suporte é filantrópico. Dessa forma, os cães treinados usados para o projeto são dela e de clientes que autorizam os pets a participarem.

A adestradora destaca a importância do projeto, não só para as pessoas que os recebem, mas também para os animais que se desenvolvem, já que, caso eles fiquem só no Centro de Treinamento para adestramento, eles ficariam muito desocupados.

Nós pegamos esses cães e para eles não ficarem parados no Centro de Treinamento, levamos de forma filantrópica para prestar esse tipo de serviço para a comunidade. Tanto em casa de repouso, hospital, para crianças com câncer, cromossomo 21, que são as crianças com síndrome de Down. E nós fazemos o acompanhamento com uma musicoterapia.

Danny Soares Serafim.

Ela conta que trabalhou muito tempo como musicista e, por isso, percebeu a potência da música para tratamentos e acolhimento das pessoas e treinamentos para os cachorros.

Rede de acolhimento

O Service Dog Capixaba não é abraçado só pelas instituições e pela adestradora, mas também pelos donos dos pets treinados. Danny revelou que, em algumas visitas, alguns clientes tutores dos cães foram até as instituições para conhecer e visitar o projeto.

Mas a rede de acolhimento e auxílio ofertadas pelos cães de serviço e pela música faz muita diferença na vida das pessoas assistidas.

“Em uma das casas de repouso que atendemos, há um senhor com Alzheimer e uma das poucas coisas que ele lembra é quando os cachorrinhos vão lá e quando estamos tocando e cantando. Então, percebemos que a música tem esse poder de tocar, de tranquilizar, de harmonizar o ambiente. É mais uma forma de agregar o trabalho. É um prazer ter a oportunidade de abraçar mais pessoas do que eu poderia abraçar com os meus dois braços”, destacou Danny.

Veja fotos do projeto

Locais que recebem o projeto

Atualmente, o projeto tem atuação em casas de repouso, orfanatos e para crianças com espectro autista. No caso de autistas, quando os pets são levados para diminuir crises agressivas, Danny reforça que apenas um cão é levado, não todos.

A representante da Casa de Repouso Aconchego, Thalita Dettmam, destaca a importância de receber o Service Dog Capixaba na instituição, especialmente para desenvolver o bem estar, carinho, afeto nos idosos através dos animais.

Ela afirma que recebe visita do projeto toda a quarta-feira, há três anos, e que sempre é um dia de alegria para os idosos, que ficam animados e ansiosos esperando os cães de trabalho.

Tenho idosos que são muito fechados, sérios e os animais transformam o humor deles. Idosos acamados que os animais vão até a cama brincar com eles. Idosos com demências que resgatam memórias. É um momento de muita diversão.

Thalita Dettmam.

Nas redes sociais do Service Dog Capixaba, Danny também compartilha relatos de mães e pais de crianças que receberam os cães. A Thaís é uma delas, seu filho Emanuel tem 6 anos e é nível 1 de suporte de autismo.

Em seu relato, ela conta que desde que passou a receber os acompanhamentos com os pets treinados, seu filho apresentou mais controle com a ansiedade, especialmente por sua conexão com a música e com animais.

Veja o relato
Ana Piontkowski *

Estagiária

Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estagiária do Jornal Folha Vitória.

Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estagiária do Jornal Folha Vitória.