
Caravelas-portuguesas, uma espécie venenosa de organismo marinho, foram encontradas por banhistas nas areias da praia de Itapuã, em Vila Velha. A espécie, que vive em colônia, é perigosa e exige atenção dos banhistas.
Apesar do aspecto azulado e chamativo, a espécie representa sérios riscos. Ela foi encontrada na última sexta-feira (24) pela fotógrafa Karla Rodrigues, que fez uma postagem nas redes sociais alertando sobre o perigo.
Foi realmente uma surpresa encontrá-la no nosso litoral em Vila Velha. Achei que era uma sacola de plástico. Eu ia recolher por causa das tartarugas, mas na hora que eu vi que tinha uma parte azulada, pensei que podia ser a caravela-portuguesa. Fiz uns vídeos para confirmar, e realmente era”.
Karla Rodrigues
A caravela-portuguesa é uma colônia de quatro tipos diferentes de seres marinhos, que se unem para sobreviverem.
Inchaço, queimaduras e até vômito
O contato com a pele provoca uma dor intensa, inchaço, bolhas, queimaduras, vômitos e náuseas. Em casos extremos, pode provocar choque anafilático e até a morte.
O biólogo Daniel Motta explica que a forma de defesa desenvolvida por esse animal é muito perigosa.
Ela vai causar vermelhidão, reação alérgica e até parada respiratória, dependendo se a pessoa for alérgica a essa substância. É um animal muito perigoso. Mesmo depois de morto, esse tentáculo pode causar acidentes nas pessoas”.
Daniel Motta, biólogo
O biólogo também orienta como proceder caso haja contato com uma caravela-portuguesa. Segundo o especialista, o vinagre deve ser usado para inibir o veneno do animal.
“Nunca lavar com água doce, nunca urinar sobre o local e, sim, usar vinagre. A gente retira os tentáculos com palitos e depois aplica o vinagre de álcool. Ele vai inibir a ação do veneno”, finalizou.
Veja vídeo:
A Prefeitura de Vila Velha informou que a Vigilância Ambiental e o Controle de Zoonoses não foram acionados sobre as caravelas-portuguesas e que não há registro de acidentes envolvendo os animais.
A gestão municipal orienta aos banhistas manterem distância e procurarem atendimento o mais rápido possível em caso de contato acidental.
*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record