O paciente Romildo de Oliveira, internado sem documento de identificação, recebeu sua carteira de identidade após 20 anos. A emissão foi viabilizada por uma parceria entre o Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria e a Polícia Científica do Espírito Santo.
Romildo deu entrada na unidade como Paciente Sem Documento (PSD), e a equipe multiprofissional identificou a ausência do registro civil. A iniciativa partiu da assistente social do hospital, Natureza Vieira, que acompanha o paciente.
O acesso à documentação civil é um direito fundamental e uma condição essencial para garantir o acesso a diversos serviços, como benefícios sociais, continuidade do tratamento de saúde e inclusão em políticas públicas, afirmou.
Natureza Viral, assistente social do hospital
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A emissão do documento foi possível pelo projeto Identidade Solidária, da Polícia Científica, que promove atendimento a pessoas com dificuldades de locomoção ou em situação de vulnerabilidade, que não possuem condições de comparecer a um posto de identificação.
Em junho, dois peritos oficiais-criminais estiveram no hospital para coletar os dados e as impressões digitais de Romildo. “Nosso objetivo é promover a inclusão. Trabalhamos para que pessoas em situação de vulnerabilidade também tenham acesso ao RG”, explicou o perito Perli Gomes, que participou da ação.
Para a assistente social, a iniciativa tem um impacto direto na cidadania do paciente.
A ausência do Registro Geral representa uma barreira prática e simbólica para o exercício pleno da cidadania. Por isso, ações como essa estão alinhadas ao compromisso do serviço social em defender os direitos humanos e promover a dignidade das pessoas atendidas, concluiu.
Natureza Viral, assistente social do hospital
Procurada pela equipe do Folha Vitória, a família do paciente preferiu não se identificar nem dar detalhes sobre seu estado de saúde.
Repórter
Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.
