Após ajudar no resgate de empresário e piloto, bombeiros recebem mascotes do Macakids

Após o resgate do empresário Maikel Araújo dos Santos, criador do projeto Macakids, e do piloto Ronald Menezes, militares do Corpo de Bombeiros que participaram das buscas ganharam mascotes do empresário como forma de agradecimento.

O gesto foi registrado pela cunhada de Maikel, Andresa, capitã dos Bombeiros, que postou uma foto em suas redes sociais mostrando o encontro. Na imagem, os militares aparecem ao lado de Maikel segurando os mascotes Drika e Caco, personagens da história em quadrinhos Macakids.

Desaparecidos em alto-mar

O empresário Maikel e o piloto Ronald ficaram mais de dois dias à deriva após uma pane elétrica na lancha em que estavam, sem comunicação e impossibilitados de voltar para terra. Eles desapareceram no domingo (28), após saírem para pesca submarina em Ubu, litoral Sul do Espírito Santo.

Eles foram resgatados no fim da tarde de terça-feira (30), a cerca de duas milhas náuticas do Porto do Açu, em Campos dos Goytacazes (RJ). O navio mercante Santos Supplier, da empresa Bram, prestadora de serviços da Petrobras, avistou a embarcação em dificuldade enquanto retornava ao mar para suas atividades. Os tripulantes prestaram socorro imediato.

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A bordo do navio, Maikel e Ronald receberam água, comida e roupas. Apesar de apresentarem sinais de desidratação, chegaram bem ao porto e seguiram escoltados pela Marinha até outra embarcação que os trouxe ao Espírito Santo.

A mãe de Maikel, Regina Andrade, comemorou nas redes sociais:

O tio de Maikel, Fabiano Gaudio, também celebrou:

Experiência e racionamento foram decisivos

Segundo o tenente-coronel Cristiano Malacarne, diretor-adjunto de Operações do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), a rapidez de raciocínio e a experiência em mergulho dos dois foram fundamentais para que conseguissem sobreviver até serem encontrados.

Eu não tenho dúvida que a expertise e a experiência deles contaram muito. Ter a tranquilidade para racionar um recurso escasso, como a água, não é fácil. Mas isso foi decisivo para que eles resistissem até o resgate.

Sobrevivência à base de peixe cru e água racionada

Durante o período em alto-mar, os dois relataram que racionaram a água disponível e se alimentaram de peixes crus que haviam pescado.

“Eles relataram que regraram a água que tinham e comeram peixe cru. Essa decisão foi crucial. No momento do resgate, já não havia mais água disponível”, conta Cristiano Malacarne, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros.

A falta de comunicação também dificultou o socorro. A embarcação tinha rádio, mas o defeito elétrico o deixou inoperante. Já o celular de Maikel ainda funcionava, mas o sinal se perdeu às 9h27 de domingo, quando ele estava próximo à torre de Marataízes, no Sul do Espírito Santo.